17/12/2019 às 08h00min - Atualizada em 17/12/2019 às 08h00min

Pará Clube quer resgatar história de Isaac Soares

Jornalista, colunista, advogado, Isaac foi um dos criadores do famoso Baile do Tigre

Edir Gillet
Jornalista
O acervo histórico de Isaac Soares foi doado ao Pará Clube pela família do colunista, após a sua morte, em dezembro de 2008 (Foto: Divulgação)
  
"Lá vem o tigre, chegando
Lá vem o tigre, chegando
Lá vem o tigre chegando..."
 
Era ao som desta música, tocada pela banda Os Sayonaras, que o jornalista, advogado e colunista social, Isaac Soares, cruzava uma enorme boca e garganta de tigre e entrava no salão social do Pará Clube, localizado no bairro do Marco, em Belém. Começava, então, uma das mais famosas e badaladas festas do carnaval paraense: o Baile do Tigre. Idealizador da festa, que acontecia sempre na segunda semana de janeiro, Isaac Soares brindava o público com o primeiro grito de carnaval da capital paraense.

É para resgatar a história de glamour do clube que o atual presidente, Almir Barata  Barra, pretende inaugurar, em janeiro de 2020, o museu do Isaac Soares.
 
"Queremos que as novas gerações conheçam a história do clube, que está intimamente ligada ao Isaac Soares e, também, aos acontecimentos sociais e políticos do Estado", diz Almir.
 
O colunista, associado ao clube desde o 28 de fevereiro de 1957, reunia em sua mesa, no deck da piscina, os ex-governadores Moura Carvalho, Aurélio do Carmo, o jornalista Rômulo Maiorana, juízes, desembargadores e figuras ilustres, como José Calandrine Avezedo, que se tornaria presidente do Pará Clube.
 
O jornal O Liberal era o maior patrocinador é incentivador do Baile do Tigre. Para instalar o museu nas dependências do clube, o presidente vai contratar um bibliotecário e um historiador.
 
O acervo histórico foi doado ao Pará Clube pela família de Isaac, após a sua morte, em dezembro de 2008. Parte do material foi guardado pela então diretora social, Waldize Prata de Carvalho, e a outra ficou no clube.
 
A decisão de manter parte do acervo fora das dependências do clube era motivada pela segurança. "Temíamos o extravio ou danos ao material", revela o presidente.
 
Uma das preciosidades era a famosa pasta 007. Dentro dela havia um pouco da vida pessoal do colunista. Entre eles, a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil, passaporte, carteira de habilitação, as canetas douradas, carta da mãe de Isaac, correspondência do exterior e carteira do Exército.
 
Fazem parte do acervo dezenas de títulos honoríficos, troféus medalhas e fotos, muitas fotos dos eventos sociais. Só o Baile do Tigre tem mais de cinco décadas de história.
 
O Clube – O Pará Clube tem 117 anos. Foi criado em 1903. Conta atualmente com 4 mil associados. Destes, 550 estão ativos ou são sócios remidos.
 
 
 
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