Belém e Ananindeua deixam ranking de cidades mais violentas do Brasil

De acordo com dados de Fórum Nacional de Segurança Pública

Agência Pará

A capital paraense, Belém, e o município de Ananindeua, na Região Metropolitana, deixaram o ranking das cidades mais violentas do País, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgados na última quinta-feira (20). O levantamento produzido, considerou cidades com mais de  100 mil habitantes com base na taxa de Mortes Violentas Intencionais. 

Segundo os dados divulgados em 2018, em um outro estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) baseado no Atlas da Violência, os quais foram apresentados a atual gestão no início de 2019, Belém figurava na 22ª posição entre as 50 cidades com maior índice de criminalidade, segundo o estudo que apresentou o ranking das cidades utilizando a Taxa de Homicídios por 100 mil habitantes. Enquanto que agora em 2023, segundo os dados de outra pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que considerou a taxa não apenas de homicídios, mas de mortes violentas intencionais (MVI) também com base na taxa de 100 mil habitantes, a Capital do Estado não aparece mais na lista.

Ananindeua, que segundo os dados do IPEA em 2018 ocupava a 15ª posição no ranking, também saiu da lista das 50 cidades mais violentas segundo o estudo do Fórum Brasileiro. Outros municípios que deixaram a lista também foram Abaetetuba e Tucuruí, garantindo assim mais tranquilidade à população. 

De acordo o Secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, Ualame Machado, segundo o Estudo Nacional divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública com relação a criminalidade violenta, os dados seguem demonstrando que o Pará está no quinto ano consecutivo de redução na criminalidade, a exemplo dos Crimes Violentos Letais Intencionais, que inclui homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. 

“Com relação às mortes violentas de um modo geral, algumas mortes se quer se caracterizam como crime. Entretanto seguimos trabalhando para que o Pará esteja melhorando cada vez mais. Já estivemos com várias cidades no ranking das mais violentas do Brasil e conseguimos tirar Belém, Ananindeua, Tucuruí e outras que já figuram nessa lista. Atualmente, temos cidades que ainda figuram nessa lista, mas já estiveram em posições mais altas. Marituba, por exemplo, já foi a segunda cidade, quarta cidade e oitava cidade em estudos anteriores. Hoje está na qüinquagésima posição, a um passo de sair dessa lista”, explicou Ualame Machado.

Ainda de acordo com o secretário de segurança pública, Altamira, Marabá e Parauapebas estão em posições melhores do que estiveram anteriormente. “Isso demonstra que estamos em um caminho correto e que muitas ações que estão sendo feitas e precisam ser intensificadas cada vez mais para que a gente possa melhorar. Cito como exemplo o trabalho realizado pelas Usinas das Paz, que alguns municípios já possuem, outras estão com a ordem de serviço assinada, para que a gente possa cada vez mais levar para esses municípios, serviços a população, esporte, lazer, educação, tudo que a população precisa para que ela possa cada vez mais ter convivência em paz”, afirmou Ualame Machado. 

Tendência de redução

O monitoramento dos índices de criminalidade no Pará são realizados diariamente pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, por meio da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac). Segundo os dados da Siac, o Estado segue na perspectiva de queda nos números de CVLI, inclusive a Capital do Estado, numa análise comparativa do período de janeiro a junho dos anos de 2022 e 2023, alcançou redução de 22%. 

Outros municípios do Estado apresentaram redução nos índices de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), que reúne os casos de homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte, se comparados os anos completos de 2022 e 2021. Itaituba e Marituba apresentaram redução de 39%, Altamira teve queda de 37%;  Marabá alcançou queda de 19%, seguidos pelos municípios de Parauapebas e Castanhal que tiveram redução de 5%.

Investimentos

Segundo o titular da Segup, os resultados comprovam o compromisso do Estado, garantindo investimentos para a eficiência das as ações em prol da paz social. 

“Os investimentos contínuos do Estado por meio da entrega de equipamentos, aumento de efetivo e ações integradas dos órgãos de segurança, seguem garantindo os resultados positivos”, afirmou Machado.