25/12/2019 às 10h12min - Atualizada em 25/12/2019 às 10h12min

Papa Francisco fala sobre o amor que transforma a vida

Na celebração da Noite de Natal, o Santo Padre Papa Francisco em sua homília destacou o amor divino de Deus por cada um de nós

Andreza Gomes (Jornalista do www.belem.com.br) com informações da Vatican News
Um pensamento todo centralizado sobre a “graça de Deus”: assim o pontífice falou na Basílica de São Pedro, em Roma, repleta de fiéis, que ressoaram as palavras do profeta Isaías: “Habitavam numa terra de sombras, mas uma luz brilhou sobre eles”.

Esta luz que se manifestou na escuridão é a graça de Deus, disse o Papa, explicando: “é o amor divino, o amor que transforma a vida, renova a história, liberta do mal, infunde paz e alegria”. Esta luz é Jesus.

O Santo Padre lembrou ainda que o Apóstolo Paulo a chama de “graça” porque é completamente gratuita: “Enquanto aqui, na terra, tudo parece seguir a lógica do dar para receber, Deus chega de graça. O seu amor ultrapassa qualquer possibilidade de negócio: nada fizemos para o merecer, e nunca poderemos retribuí-lo”, afirma.

Por não estamos à Sua altura, Ele desce até nós: “O Natal nos lembra que Deus continua a amar todo o homem, mesmo o pior”.
Este amor independe de nossas obras, boas ou ruins. “O seu amor é incondicional.” Mesmo nos nossos pecados, Ele continua a nos amar. Esta é a mensagem que o Papa Francisco repetiu com veemência mais de uma vez. Jesus nasce pobre de tudo, para nos conquistar com a riqueza do seu amor.
Coragem, afirmou o Pontífice aos fiéis, “não perder a esperança, não pensar que amar seja tempo perdido”.

Esta noite o amor venceu o medo, a luz gentil de Deus venceu as trevas da arrogância humana. “Humanidade”, clamou o Papa.
Diante desta graça de Deus, não nos resta que acolher este dom entregando-se a Ele. Não há desculpas: os problemas da vida, os erros da Igreja, o mal que existe no mundo. Tudo passa em segundo plano diante do amor de Jesus por nós.

Então, afirmou Francisco, a questão do Natal é esta: “Deixo-me amar por Deus? Abandono-me ao seu amor que vem me salvar?”
Acolher a graça é saber agradecer, prosseguiu o Pontífice.
“Frequentemente, porém, as nossas vidas transcorrem alheias à gratidão. Hoje é o dia justo para nos aproximarmos do sacrário, do presépio, da manjedoura, e dizermos obrigado”.

Acolher o dom que é Jesus para depois se tornar dom como Jesus e, assim, dar sentido à própria vida. É dando sentido a ela que podemos mudar mundo e toda a realidade que nos circunda:
“Não esperemos que o próximo se torne bom para lhe fazermos bem, que a Igreja seja perfeita para a amarmos, que os outros tenham consideração por nós para os servirmos. Comecemos nós. Isto é acolher o dom da graça.”

Francisco concluiu a homilia citando um episódio que se narra sobre um dos pastores que, pobre, sem nada a oferecer, segura nos braços o Menino Jesus:
“Querido irmão, querida irmã, se as suas mãos lhe parecem vazias, se vê o seu coração pobre de amor, esta é a sua noite. Manifestou-se a graça de Deus, para resplandecer na sua vida. Acolha-a e brilhará em você a luz do Natal.”

Em família – A professora Rose Rocha assistiu pela TV, a Santa Missa celebrada pelo papa Francisco. “Pela primeira vez eu assisti toda a missa do Galo juntamente com a minha mãe e foi uma celebração emocionante. Eu agradeço a Deus por este Pastor que Deus nos deu, pela paz que o Papa Francisco nos passa,” conta emocionada.
No final da missa, um fato chamou atenção da professora. “O Papa levou a imagem do Menino Jesus até o presépio, reza e acompanhado de crianças com flores, recebe cada uma com um gesto de carinho a cada uma. O Papa se fez pequeno diante de todos. Assim devemos ser se fazer pequeno diante de Deus, não poder deixar o mundo modernizado nos engolir, perdemos a essência e a sensibilidade. Sempre falo para meus alunos, para a minha família, nunca perca a essência do Humano”, finaliza.
 
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