Cortejo vai ser a culminância das oficinas do Instituto Arraial do Pavulagem - Foto: Reprodução Facebook
Há 12 anos consecutivos, no município de Cachoeira do Arari, na Ilha do Marajó(PA), é realizado o ‘Cordão do Galo’, um folguedo popular de natureza social, educativa, artística, cultural e ambiental, envolvendo cerca de 300 crianças e adolescentes.
“É uma demonstração de criatividade e ludicidade, visando o desenvolvimento ético, estético e humano”, segundo a descrição do informativo do Instituto Arraial do pavulagem, realizador da programação cultural.
Toda a temática é concebida a partir de um brinquedo animado, representado na figura de um galo de cerca de dois metros, que a cada ano se renova e difunde o trabalho de artistas e artesãos paraenses.
O galo, ícone da brincadeira, faz alusão ao padre italiano, naturalizado brasileiro, Giovanni Gallo, que em 1972, fundou o Museu do Marajó, mas também se reporta aos animais criados nos terreiros e quintais, criações domésticas bem comuns no interior paraense.
O Cordão do Galo vem a se inserir como ação de salvaguarda da Festividade do Glorioso São Sebastião, reconhecida pelo IPHAN/Minc como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro (2013). O processo de construção da brincadeira compreende a realização de oficinas e vivências culturais diversificadas.
As oficinas iniciam na segunda-feira, (06) e encerram no sábado(11). Elas expressam o modo de saber-fazer da comunidade, cujo resultado é apresentado em cortejo pelas ruas da cidade, interpretado por figuras de animais caracterizados, acompanhado de orquestra de instrumentos musicais tradicionais.
Todo o projeto cultural está sendo realizado pelo Instituto Arraial do Pavulagem e a Irmandade dos Devotos do Glorioso São Sebastião.
Segundo um dos fundadores do Arraial do Pavulagem, Ronaldo Silva, “as oficinas são a construção do que vai ser levado pro cortejo, é a culminância dessa história”, define. Ele avisa que os interessados poderão participar das oficinas de canto popular, danças tradicionais, percussão, técnicas circenses e de confecção e manutenção de alegorias e adereços.
“Essa última (oficina) a gente faz porque toda vez a gente constrói coisas novas e faz a manutenção das antigas”, descreve.
Ronaldo Silva, avisa que o cortejo passará pelo entorno do Museu do Marajó, trazendo os públicos do bairro do Choque e a comunidade de Petropólis.
Este ano, o projeto foi contemplado no Prêmio PREAMAR de Cultura Popular da SECULT, do Governo do Estado do Pará.
SERVIÇO
Dia: 12 de janeiro de 2020 (domingo) Local: Museu do Marajó (Concentração), Cachoeira do Ararí (PA) Horário: 08h00 Percurso do Cortejo: Cercanias do Museu do Marajó e bairro do Choque.