04/05/2020 às 07h42min - Atualizada em 04/05/2020 às 07h42min

Governo do Estado prevê "lockdown" em algumas cidades do Pará

O reforço nas restrições, em um primeiro momento, não deve atingir todo o Pará, e sim os 18 municípios que concentram 95% dos casos

Agência Pará
Com edição do belem.com.br
Medidas mais rigorosas, como bloqueio de ruas, devem fazer parte de decreto estadual nesta semana (Foto: Bruno Cecim/ Agência Pará)
     
O Governo do Pará deve ampliar as restrições à circulação de pessoas a partir desta terça-feira (05), se o índice de isolamento social não alcançar o percentual de 70%, determinado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), para o combate à disseminação do novo Coronavírus. Em entrevista à Globo News, concedida na manhã deste domingo (3), o governador Helder Barbalho confirmou que medidas mais rigorosas, como bloqueio de ruas, devem fazer parte de decreto estadual nesta semana.

O reforço nas restrições, em um primeiro momento, não deve atingir todo o Pará, e sim os 18 municípios que concentram 95% dos casos de Covid-19 - incluindo os da Região Metropolitana de Belém (RMB). A justificativa para o possível lockdown está no aumento do número de mortes pela doença, que triplicou em uma semana, registrando um aumento de 222%, muito acima da média nacional, de 68%, no mesmo período.

"O momento é de muita dor, e nos exige união e ação do Poder Público no sentido de garantir atendimento e direito ao acesso aos serviços de saúde. Temos feito todos os esforços naquilo que cabe ao Governo, e este também é um momento de reflexão para a necessidade do isolamento social. Números mostram um avanço muito rápido e acentuado dos casos da Covid-19; número de óbitos alarmante. Trezentos e seis irmãos e irmãs já perderam a vida, e temos feito apelo para que a população possa nos ajudar a diminuir este pico de crescimento, para que o sistema de saúde possa suportar a quantidade excessiva de procura", ressaltou o governador.

Mais equipamentos - Segundo Helder Barbalho, o índice de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Estado é de 80%, mas aumenta para 96% quando se trata somente da RMB.

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