O prefeito Jeová Andrade, de Canaã dos Carajás, já tinha restringido o funcionamento do comércio não essencial em decreto municipal (Foto: Jefferson Almeida/ Ascom)
O prefeito de Canaã dos Carajás, Jeová Andrade (MDB), solicitou, por meio de ofício, ao governador do Estado, Helder Barbalho, que a cidade seja retirada do sistema de lockdown, que começou nesta terça-feira (19), e segue até o próximo domingo (24).
Segundo o prefeito, para conter o avanço do novo coronavírus em Canaã, três cabines de desinfecção foram implantadas na cidade, em locais estratégicos, além de ter sido feita a dedetização de todas as ruas da cidade na área urbana, e nas vilas pertencentes ao município, onde o serviço é realizado ao menos duas vezes na semana.
No ofício, Jeová destacou que o município dispõe de todos os medicamentos utilizados nos protocolos médicos para o tratamento dos pacientes positivados para o novo coronavírus. “Estamos fazendo o possível para preservar vidas em nosso município, e, também, estamos preocupados com a situação do nosso comércio e dos nossos trabalhadores, e precisamos tomar medidas para garantir o mínimo de danos nos dois sentidos”, completou o prefeito.
O vereador João Batista (PT) também vê com preocupação o lockdown em Canaã. “Vejo com preocupação a medida porque o prefeito já havia publicado um decreto que restringia as atividades não essenciais do dia 14 ao dia 21, e a crise no comércio local já vinha se arrastando”, relatou. “As empresas individuais, microempresas e empresas de pequeno porte, podem não resistir a muitos dias de fechamento, o que pode culminar até em falência, ou seja, é dura e cruel realidade em nosso município”, completou o vereador.
Segundo o município, Canaã tem cerca de 70 mil habitantes e não 37 mil, como alega o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e estatísticas (IBGE), realizado em 2010.
No boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (19), Canaã indicou que conta com 412 infectados, 120 recuperados e, agora, seis óbitos, além de 21 pessoas internadas.