26/12/2020 às 15h41min - Atualizada em 26/12/2020 às 15h41min

Estado aumenta preventivamente o número de leitos no combate à covid-19

Serão incrementados mais 55 leitos de UTI e 10 leitos clínicos no Pará

Agência Pará
Com edição do Belém.com.br
Helder Barbalho anunciou medidas preventivas para conter impacto do novo coronavírus. (Foto: Marcelo Seabra/Agência Pará)
   
Em comunicado oficial, na manhã deste sábado (26), o governador Helder Barbalho informou o incremento de mais 55 leitos de UTI e 10 leitos clínicos na rede de saúde estadual. Além de atualizar o cenário epidemiológico da covid-19 no estado, também anunciou a publicação de medidas preventivas, especialmente, sobre a aglomeração de pessoas nas festas de fim de ano. As ações serão publicadas no Diário Oficial, da próxima segunda-feira (28).

O Pará apresenta, atualmente, a ocupação de 41% de leitos clínicos e 66% de UTI, o que representa um cenário favorável, de acordo com o secretário adjunto de Saúde Pública do Pará (Sespa), Sipriano Ferraz. Entretanto, com a identificação do aumento do número de solicitações de internações em UTI nos últimos dias, são necessárias novas medidas de precaução. Em agosto, a Sespa recebeu 438 pedidos; em setembro, 321; em outubro, foram 308; novembro, 323. No mês de dezembro, até o dia 26, foram 356 solicitações.

O Pará viveu o ápice da pandemia no mês de junho, ao alcançar 67.149 novos casos e segue em queda, desde julho até novembro. Observa-se que em dezembro, até o dia 26, cerca de 400 novos casos a mais já foram identificados em comparação ao mês passado, o que leva o Governo a agir de forma preventiva para proteger a população.

“Não podemos fomentar aglomerações, deixar de usar máscaras, lavar as mãos, ou usar álcool em gel. Essas medidas são fundamentais para barrar a tendência de aumento do número de casos de covid-19 no estado. Estamos ampliando a retaguarda da rede, de forma preventiva, para que nenhum paraense fique desassistido no Pará”, alerta Sipriano Ferraz.

O secretário adjunto reforça que os paraenses precisam de atendimentos cirúrgicos eletivos de outras patologias, além do novo coronavírus e, por isso, há a necessidade de deixar uma retaguarda maior de leitos. O estado conta, atualmente, com a oferta de 201 leitos de UTI adultos, 29 pediátricos e três neonatal exclusivos para covid-19. No ápice da pandemia, o estado alcançou 722 leitos.

O cenário atual do novo coronavírus no Pará é de 289.795 casos confirmados, 270.836 recuperados e 7.124 óbitos confirmados pela doença.

Classificação do bandeiramento

Segundo o reitor da Ufra, professor Marcel Botelho, é importante ressaltar que o número de leitos disponíveis é superior à demanda no estado como um todo. Contudo, ao observar separadamente as regiões de saúde, observa-se tendências de aumento.

"Na Região Metropolitana de Belém, tivemos uma redução do número de casos, no que se refere à necessidade de demanda hospitalar. Entretanto, nas outras regiões, como Marajó Ocidental, Xingu, Tapajós, Tucuruí, Baixo Amazonas, Carajás, Araguaia e Nordeste, a tendência é de aumento", explica o professor.

O coordenador do programa Retoma Pará, Adler Silveira, ressalta as alterações da classificação do bandeiramento, a partir deste sábado (26), que leva em conta a avaliação atual da quantidade de novos casos contabilizados e a capacidade do sistema de saúde.

“O bandeiramento das regiões Tapajós e Xingu passam do amarelo para o laranja. As regiões do Araguaia e Baixo Amazonas mantêm o bandeiramento laranja. Regiões do Tucuruí, Marajó Ocidental e Nordeste paraense seguem em bandeiramento amarelo. Região Metropolitana de Belém (RMB), Marajó Oriental e Baixo Tocantins seguem em verde, devido à capacidade maior do sistema de saúde”, detalha o coordenador.

O governador do Estado observou que as regiões que sofreram alteração de bandeiramento (Tapajós e Xingu) apresentaram, nos três inquéritos epidemiológicos realizados pela Uepa e Ufra, uma taxa menor de pessoas que já tiveram contato com o vírus. “Enquanto a RMB identificou que 42% da população entrevistada já apresentava contato com o vírus, nas duas regiões essa taxa variava em torno de 15%. Então, o menor número de pessoas que já teve contato com o vírus representa um maior número de pessoas expostas a vir a ter contato”, ressalta.

Vacina

Helder Barbalho informou que o Governo segue trabalhando no processo de vacinação em diálogo com o Ministério da Saúde, Instituto Butantan e outros laboratórios. “A nossa previsão, é que ainda em janeiro conseguiremos iniciar a vacinação por fases e grupos restritos e gradativamente, ir aumentando os grupos, de acordo com a oferta de vacina, para, ao longo de 2021, imunizar toda a população”, reforça. O estado do Pará só fará uso de vacinas regulamentadas pela Anvisa, órgão regulador brasileiro.

Segundo o governador, a Sespa já está preparada para o plano de vacinação, com 3 milhões de seringas e agulhas em estoque, com a logística pronta para distribuição das vacinas para os 144 municípios paraenses. 
    

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