07/01/2022 às 15h42min - Atualizada em 07/01/2022 às 15h42min

Anvisa autoriza fabricação de vacina 100% brasileira

No primeiro momento, 21 milhões de doses devem ser produzidas

Redação Belem.com.br
Com informações da Agência Brasil
A produção nacional do IFA começou em julho de 2021. (Foto: Itamar Crispim / Fiocruz)
                                                                                                        
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta sexta-feira (7), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a utilizar o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) feito pela própria fundação na fabricação da vacina contra covid-19, as primeiras doses do imunizante 100% nacionais. As vacinas devem ser entregues ao Ministério da Saúde em fevereiro de 2022.

De acordo com a Fiocruz, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) dispõe, no momento, de insumo o suficiente para a fabricação de 21 milhões de doses com o IFA nacional, que se encontram em diferentes etapas de produção e controle de qualidade.

A presidente da instituição, Nísia Trindade Lima, destacou que é uma grande conquista para a sociedade ter uma vacina 100% nacional, sendo essa a primeira do país.

“A pandemia de covid-19 deixou claro o problema da dependência dos insumos farmacêuticos ativos para a produção de vacinas. Com a aprovação, hoje, pela Anvisa, conquistamos uma vacina 100% produzida no país e, dessa forma, garantimos a autossuficiência do nosso Sistema Único de Saúde para a vacina”.


O imunizante 100% brasileiro deve ser entregues em fevereiro deste ano. (Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil)

O imunizante 100% brasileiro deve ser entregues em fevereiro deste ano. (Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil)



Elaboração


A produção nacional do IFA começou em julho de 2021, após a assinatura do contrato de Transferência de Tecnologia com a parceira AstraZeneca. A absorção da tecnologia ocorreu em cerca de um ano, quando esses processos costumam levar cerca de dez anos.

Segundo a Fiocruz, a Anvisa comprovou a equivalência do processo produtivo, ou seja, que as vacinas produzidas com o IFA de Bio-Manguinhos/Fiocruz “possuem a mesma eficácia, segurança e qualidade daquelas processadas com o ingrediente importado”.

No ano passado, a fundação chegou a ficar sem IFA para fabricar as vacinas, devido à dificuldade de importação do produto . Com isso, cidades precisaram atrasar o cronograma de vacinação devido à falta do imunizante.

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