A explosão da infecção pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2) tem desafiado os sistemas de saúde e a sociedade em todo o mundo. De repente, não existem estratégias de tratamento específicas, eficazes e comprovadas para a COVID-19. Prevenir a transmissão e diminuir a taxa de novas infecções são os principais objetivos.
No entanto, a preocupação da COVID-19 evoluir para quadros graves e morte está no centro da ansiedade do público. Esses fatores, aliados à grande demanda de pacientes, esgotamento por excesso de trabalho e preocupação com a autocontaminação devido às exposições de alto risco (intubação traqueal de urgência e procedimentos que produzem aerossóis) têm gerado estresse emocional e muita pressão aos profissionais de saúde, em particular, os que praticam cuidados intensivos respiratórios.
Estamos vivenciando um cenário único e sem precedentes de um problema de saúde pública global representado por esta infecção. Em pouco tempo, aprendemos bastante sobre a COVID-19, com dados epidemiológicos, virológicos e clínicos publicados em abundância nos últimos meses. O desafio é imenso e há a necessidade de antecipar qualquer problema de cuidados críticos, independentemente da idade dos pacientes. “Ao não se preparar, você está se preparando para falhar - Benjamin Franklin”.
Transmissão
Segundo os dados científicos reunidos até o momento, o período de incubação do SARS-CoV-2 para a infecção entre humanos é de aproximadamente 5 dias, com variação de 2 a 14 dias. A principal forma de transmissão ocorre por gotículas de secreção respiratória, veiculadas de forma direta pela fala, tosse, espirro ou indireta, pelo contato com superfícies contaminadas. A distância considerada como de risco para a contaminação por este vírus parece ser ao redor de 2 metros.
É possível que o SARS-CoV-2 possa ser transmitido intraútero?
Sim, é possível, principalmente porque o ácido nucléico do vírus foi detectado em amostras de sangue. Mas, é possível que esses resultados estejam errados? Sim, também é possível. Embora os artigos acadêmicos de Medicina internacionais "Zeng et al" e "Dong et al" mereçam uma avaliação cuidadosa, a evidência definitiva é necessária antes que os seus achados possam ser usados como indicativos de infecção congênita pela Covid-19.
Definição de caso suspeito
Os casos suspeitos em recém-nascidos são:
Recém-nascidos de mães com histórico de infecção por COVID-19 entre 14 dias antes do parto e 28 dias após o parto;
Recém-nascidos diretamente expostos a pessoas infectadas pela COVID-19 (familiares, cuidadores, equipe médica e visitantes).
A prevenção para a mãe e para o recém-nascido:
- Evitar aglomerações, abraços e beijos durante a gravidez e após o parto;
- Restrinja o contato do recém nascido apenas a duas pessoas fora a mãe;
- Mantenha a casa limpa, arejada e sem cheiros fortes;
- Higienize as mãos antes de tocar o bebê, se possível, use máscara;
- Limpe produtos e embalagens com álcool.
- Fique em casa, proteja você e quem você ama.
.