03/05/2023 às 09h14min - Atualizada em 03/05/2023 às 09h14min

‘Pet é como filho e adotar requer responsabilidades’; veja os cuidados

Especialista comenta sobre a importância de ser consciente ao levar um cachorro ou gato para casa

Com edição da Redação Belem.com.br
Canal do Pet
Reprodução/Arquivo Pessoal
A pandemia da Covid-19 mudou a rotina de muitas pessoas que moravam sozinhas e que não tinham um ser vivo para compartilhar as alegrias e, principalmente, as tristezas. Neste período de confinamento, a procura por  adoção de animais aumentou 400% durante o primeiro trimestre de 2020, de acordo com uma pesquisa realizada pela União Internacional Protetora dos Animais (UIPA).

Já outro levantamento feito pelo Radar Pet 2021, foi observado que 30% dos animais de estimação foram adotados durante o período pandêmico, sendo que 23% deles, sejam cachorros ou gatos, foram os primeiros pets de seus novos tutores e serviram de suporte emocional para essas pessoas. Tudo isso aconteceu porque a população percebeu que estava mais carente, com ansiedade, depressão, medo de ficar sozinha ou, às vezes, tinha o sonho de ter um pet e viu na pandemia uma oportunidade de dar mais atenção ao bichinho, visto que estavam em casa por mais tempo.

O lado bom de tudo isso é que realmente muitos animais receberam um lar incrível, uma família, mas também tivemos um outro lado ruim: quando acabou a pandemia, a taxa de devolução desses animais também cresceu , infelizmente. De acordo com uma reportagem do jornal O Globo, publicada no ano passado, algumas entidades filantrópicas que cuidam desses animais perceberam um aumento na devolução desses pets.

Essa realidade é muito triste. É como se essas vidas fossem realmente objetos de devolução, sem valor algum. Eu acredito que um pet é um membro da família, um “filho”’ e, sim, merece todo respeito e atenção. Muitos desses animais, carregam histórias tristes, traumas, maus-tratos, abandono e até mesmo abuso sexual.

Quando você adota um pet, que venha com alguns traumas, tenha muito cuidado. Tente entender, trabalhar a saúde mental do bichinho, tenha paciência, peça ajuda de um profissional da área. Dê uma oportunidade para esse animal, pois eles merecem ser felizes. Tenha paciência.

Já sobre a adoção em si, antes de tudo, tenha a curiosidade de saber um pouco mais sobre a ONG que está lhe oferecendo esse animal. É importante que você veja como eles são tratados lá dentro, verifique o local, a limpeza do ambiente, quais alimentações são fornecidas, vacinação, medicações já administradas nesse pet, tente saber como ele chegou lá, como foi inicialmente a aceitação dele no local, inclusive com outros animais e pergunte qual é o estado atual da saúde mental desse animal. É fundamental que você faça uma anamnese completa sobre tudo, até para você entender e evitar algumas surpresas. E não se esqueça de também conversar com o veterinário responsável pela entidade.

Quando eu resgatei a Vitória, ela veio com vários traumas, inclusive medo de brinquedos que tinham cordas. Eu acredito que ela tenha sofrido traumas como “ter ficado amarrada ou até mesmo ter apanhado”, algo muito triste para a história da Vitória. Então, pedi ajuda para um profissional especializado em psicologia canina e, aos poucos, fomos amenizando esses traumas. Claro, a fórmula de tudo isso tem nome: amor.

Dê muito amor para seu pet. O reconhecimento é indescritível e você será a pessoa mais amada do mundo. Este é um amor recíproco sem limites.

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