20/04/2023 às 09h50min - Atualizada em 20/04/2023 às 09h50min

Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz apresenta “Gala Lírica” com trechos de óperas nesta quinta--feira (20)

O concerto inicia às 20h, no Theatro da Paz

Com edição da Redação Belem.com.br
Informações da Assessoria
Ascom Theatro da Paz

Uma “Gala Lírica” com temas de óperas, reunindo solistas líricos paraenses e a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP), sob a regência do maestro titular Miguel Campos Neto é a atração desta quinta-feira (20), às 20h, no Theatro da Paz. O espetáculo é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SECULT), do Theatro da Paz e da Academia Paraense de Música (APM).

 

Diferentemente de uma ópera, que é produzida de modo mais teatral, com presença de diversas vozes e cuidado com a montagem de cenário, figurino e iluminação, a gala lírica (também chamada ópera gala), traz trechos cantados sem a encenação. O objetivo principal desse tipo de concerto, onde o foco está na música é a apresentação de cantores que têm uma formação voltada para o canto lírico.

 

No palco, estarão vozes premiadas em concursos e já bem conhecidas pelo público paraense como as sopranos Lys Narodoto e Thaina Souza, a mezzo-soprano Carolina Faria e o tenor Hélenes Lopes interpretando duetos e solos dentro das árias de óperas já consagradas mundialmente.

 

De acordo com descrições do maestro da OSTP, Miguel Campos Neto, o concerto inicia com a abertura da ópera ‘Os Náufragos’, da britânica Ethel Smith. Ela foi uma compositora de ópera muito conhecida na sua época. Uma sufragista que lutou pelos direitos das mulheres britânicas, uma personagem importante da virada do século XIX para o XX, na Inglaterra, e a obra dela está sendo revisada atualmente. “Por que é tão importante tocar esta abertura? Porque está havendo uma revisão histórica em combate ao patriarcado e ao sexismo no que diz respeito a compositores de música erudita. Está se revivendo e se revisando obras de compositoras do passado, assim como tentando valorizar as compositoras do presente. Mas as do passado são um caso específico, porque muitas delas foram impedidas ou desencorajadas a praticar a sua arte. E aquelas que conseguiam furar essa bolha, às vezes, eram desprestigiadas frente ao público, frente a orquestras, a maestros, a, enfim, casas de edição de partitura”, explicou o maestro.


Ainda de acordo com Miguel Campos Neto, por causa desses motivos sociais e históricos, existe menos compositoras conhecidas e cujas partituras estão disponíveis para a interpretação do que compositores homens.

Esse dado é mais grave ainda no que diz respeito à ópera. A raridade de compositoras dentro da música erudita do passado é mais forte ainda no mundo da ópera. Daí a importância de se abrir um grande concerto com a obra ‘Os náufragos’, que tem todas essas questões sociais, além de ser uma música belíssima, de altíssima qualidade.


Em seguida teremos uma primeira parte toda voltada para o repertório italiano, já que Itália é sinônimo de ópera, até por ter sido o berço da ópera. Nós teremos solistas interpretando áreas e duetos de compositores como, por exemplo, Puccini, Mascani, parte da cavaleria rusticana. Um repertório conhecidíssimo do público.


Depois do intervalo, o repertório será dedicado aos compositores austríacos. Teremos os austríacos Mozart com a ‘Flauta Mágica’, além de Johann Strauss, que compôs valsas, ópera e opereta. Franz Lehár, um compositor austro-húngaro que escreveu operetas, entre elas ‘Viúva Alegre’, uma das óperas da primeira edição do festival, em 2002, que a OSTP irá interpretar.


“Essa ópera tem um significado importante para o nosso festival e para o nosso teatro. Ela foi uma das óperas da primeira edição do festival, em 2002 e marcou o Festival de Ópera e nós temos que sempre lembrar disso para reviver algo tradicionalíssimo do Pará e muito antigo, já que a ópera no Pará está há séculos aqui e teve o seu ápice ali na virada do século XIX para o século XX com a ajuda do dinheiro da borracha. Portanto, ópera é uma coisa muito tradicional do paraense e do Pará. Nós temos que tirar essa ideia de que é algo de fora, algo estranho, algo para poucas pessoas, algo novo no Pará”, defendeu Miguel Campos.


De acordo com Daniel Araujo, diretor do Theatro da Paz, o concerto também é muito significativo porque além de solistas paraenses, temos aqueles que não são paraenses, mas que estão residindo no Pará. “Isso mostra que o Estado possui qualidade técnica para fazer um espetáculo de alto nível e que trazer solistas, maestros, orquestras, músicos de outros lugares é uma escolha que fazemos para não nos ilharmos e manter uma atividade musical, artística e cultural, conectada com o resto do país e com o mundo. Nós temos orgulho dos paraenses que se dão bem fora também, e eles só se dão bem fora porque os outros lugares também não são ilhados e são abertos a esse intercâmbio artístico”, finalizou.


Serviço:


Concerto “Gala Lírica”

Data: 20 de abril, às 20h

Local: Theatro da Paz

Os ingressos estarão disponíveis para retirada no dia do concerto, a partir das 9h, no site ticketfacil.com.br e na bilheteria do Theatro da Paz partir das 18h. Ingressos gratuitos (2 ingressos por pessoa).



Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Como podemos te ajudar?