29/05/2023 às 10h54min - Atualizada em 29/05/2023 às 10h54min

Ophir Loyola orienta para a importância da detecção precoce do câncer cerebral

Embora mais raro do que outros tipos de tumores, a ocorrência desse tipo de câncer costuma ser mais perigosa devido ao diagnóstico tardio

Com edição da Redação Belem.com.br
Agência Pará
Reprodução/Freepik/Dragos Condrea

Responsável pelas funções do movimento, equilíbrio, linguagem, aprendizado, memória, movimentos voluntários e involuntários, o cérebro é o um órgão muito importante do Sistema Nervoso Central (SNC). Por essa razão, neste mês, o Hospital Ophir Loyola (HOL), Centro de Alta Complexidade de Oncologia Pará (Cacon) orienta sobre a importância da conscientização e combate do câncer cerebral, através da campanha "Maio Cinza". 


Apesar de mais raro do que outros tipos de tumores, a ocorrência de um câncer de cérebro costuma ser mais perigosa devido ao diagnóstico tardio. Conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o número estimado de casos novos de câncer do SNC para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 11.490 casos, sendo 6.110 casos em homens e 5.380 em mulheres. Em Belém, o Hospital trata 71 pacientes com a neoplasia maligna, sendo 38 do sexo masculino e 33 do sexo feminino.


De acordo com o neurocirurgião do HOL, José Reginaldo Brito, a campanha alerta a população a buscar um especialista em caso de suspeitas. “Os sinais e sintomas do tumor cerebral dependem da localização da lesão. A mais comum são cefaleias intensas (dores de cabeça), que podem ser acompanhadas por náuseas, vômitos, especialmente ao acordar. Casos de  epilepsias, crises convulsivas, déficit neurológico, como a perda de audição, visão ou alteração da fala, dormência em alguma parte do corpo e dificuldades motoras”, explicou.


O tumor cerebral ocorre quando as células que compõem o SNC perdem o controle e se proliferam de forma descontrolada, o que forma processos expansivos no cérebro ou medula. Quando isso ocorre, o paciente é diagnosticado com câncer cerebral. “O câncer cerebral afeta o órgão responsável pelo controle de todas as funções do nosso corpo. Quando a área motora é afetada, pode causar fraqueza em um dos lados.  E se o tumor atingir o lóbulo occipital do cérebro, o enfermo irá adquirir problemas visuais, pois essa área é ligada à visão”, detalhou.


O tratamento é realizado de inúmeras formas. Conforme o especialista, algumas medicações são úteis para diminuir o edema cerebral, entretanto, a remoção cirúrgica, aliada ou não à quimioterapia e à radioterapia, é fundamental para o controle da lesão.


O professor universitário Raimundo de Almeida, 44 anos, é natural da cidade de Macapá. Sentia dores de cabeça, tontura e náuseas, mas não imaginava qual a razão das dores. “Busquei ajuda com o urologista, que me prescreveu diversos exames e foram detectadas alterações hormonais. Fui encaminhado para o endocrinologista, fiz outros exames e passei por tratamento hormonal, mas os exames continuaram alterados. Então, a ressonância magnética detectou o tumor cerebral na área posterior da minha cabeça. Um neurologista  analisou o meu caso e me indicou o Ophir Loyola para o tratamento e a realização da cirurgia”, relatou.


Após o diagnóstico, Raimundo iniciou o tratamento com medicações e foi encaminhado ao Cacon. Agora, ele está internado, repetindo todos os exames pré-operatórios para a realização da cirurgia de retirada de tumor, a craniotomia.


Não existe uma forma específica de prevenção da neoplasia maligna cerebral, e a investigação precoce é a melhor forma para prevenir o avanço da doença. Para isso, o diagnóstico deve ser realizado através de tomografia e ressonância nuclear magnética. No entanto, a identificação definitiva ocorre pelo exame histopatológico e imuno-histoquímico retirado do tumor durante a cirurgia. 


Além disso, os fatores de riscos são multifatoriais, como deficiência do sistema imunológico, fatores ocupacionais, como a exposição a chumbo, mercúrio e também o trabalho na agricultura, devido à exposição a agrotóxicos. Fatores genéticos também podem contribuir para o desenvolvimento do tumor.


Serviço:


A Divisão de Neurologia Clínica e Neurocirurgia do HOL está em funcionamento desde 1973. O serviço já realizou 3.664 cirurgias de retirada de tumor cerebral. Além das cirurgias realizadas, o hospital possui ambulatórios de diversas subespecialidades para o recursos terapêuticos contra o câncer, incluindo para tratamento de tumores do sistema nervoso central (SNC).


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