05/06/2023 às 09h08min - Atualizada em 05/06/2023 às 09h08min

Professores da Educação Infantil aprendem como abordar cultura e saberes indígenas no ambiente escolar

O encontro foi realizado na sexta-feira (2)

com edição da Redação Belém
Agência Belém
Agência Belém
Desmistificar estereótipos relacionados às culturas indígenas: com essa meta, a Prefeitura de Belém realizou nesta sexta-feira, 2, mais uma hora pedagógica com educadores da Educação Infantil da rede. Foi uma formação continuada, realizada por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), desta vez com o tema "Abordagens sobre as culturas e saberes indígenas nas escolas". 

O encontro foi conduzido pela Coordenação da Educação Infantil (Coei) e Coordenação da Educação Escolar de Indígenas, Imigrantes e Refugiados (Ceiir), no auditório Ismael Nery, do Centur, com aproximadamente 1.200 participantes nos turnos da manhã e tarde.

A embaixadora das Infâncias, Heliana Barriga, leu uma carta introduzindo alguns pontos importantes para refletir sobre a cultura indígena na educação. 

"A dívida com os povos indígenas, pelo nosso esquecimento por suas ações, e a dívida com as crianças que estamos educando: não estou falando aqui sobre o geral, mas a grande maioria que não homenageia corretamente esse povo, que já estava no nosso país quando os brancos colonizadores invadiram", enfatizou Heliana.

Autores indígenas consagrados
Durante a programação, houve exibição de vídeos e ensinamentos de autores indígenas como Ailton Krenak, Davi Kopenawa e Daniel Mundurucu, com o fim de repensar a percepção de mundo e a educação indígena. Também a maneira de acessar conhecimento, a importância da tradição e vivência, rituais e, principalmente, a importância de ser apenas crianças foram destaques da formação apresentada pelo professor de referência da Ceiir, Gildeon Lima.

"A abordagem educacional do povo originário mora muito mais na oralidade do que no texto escrito. Quando você tem a possibilidade que a sua criança interior interfira no seu processo criativo (plano de aula, planejamento) você vai dar aula como você gostaria de assistir", reforça o professor Lima.

Alteridade e empatia

A ativista da causa indígena Karina Tupinambá aprofundou uma temática crucial: a diferença entre alteridade e empatia aos povos indígenas no ambiente escolar.

Luana Kumaruara participou do evento representando a Coordenação Antirracitas da Prefeitura (Coant) compartilhando o trabalho desenvolvido aos indígenas que chegam na capital paraense, entre eles, a integração com a Semec na garantida da educação.

O coordenador da Ceiir, Wender Tembé, esteve na abertura da formação para reforçar o trabalho desenvolvido desde 2021 na educação indígena municipal.

A coordenadora da Coei, Nilcilene Dias, comentou sobre o papel do educador na primeira infância: "Nós, professores, sabemos o quanto somos capazes, trabalhando com as nossas crianças bem pequenas, de transformar socialmente e elas acabam educando as suas famílias também".
 

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