13/06/2023 às 10h24min - Atualizada em 13/06/2023 às 10h24min

Casamento comunitário é realizado com as bênçãos de Santo Antônio

Todo dia 13 de junho, o Santo Casamenteiro é celebrado pela Igreja Católica

com edição da Redação Belem.com.br
O Liberal
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Todo dia 13 de junho, Santo Antônio de Lisboa, ou de Pádua, também chamado de o Santo Casamenteiro, é celebrado pela Igreja Católica. No Brasil, o beatificado possui significativa devoção, tendo como uma das suas principais peculiaridades as promessas para casamento que a ele são feitas.

Neste mês, durante as celebrações em sua homenagem, templos religiosos promovem casamentos comunitários para dar continuidade ao seu legado. Em Belém, no bairro de Batista Campos, 15 casais participaram da união matrimonial coletiva, na Paróquia Santo Antônio de Lisboa, no último sábado (10).

A história mais emblemática do sacro português refere-se ao milagre concedido pelo religioso a uma mulher, desprovida de poucas posses, que não tinha condições financeiras para contribuir com o próprio casamento. Na Idade Média, o costume da época era que as famílias trocassem dotes entre si.

“Santo Antônio lembrou que um comerciante havia prometido fazer uma doação monetária aos pobres. O religioso deu um pedaço pequeno de papel a ela [noiva] e pediu que fosse entregue ao comercialmente, para que ele doasse o valor correspondente ao peso do pedaço do papel. E ela assim o fez. Chegando ao comércio, ela disse ao comerciante exatamente o que o sacerdote havia dito. O homem, por sua vez, achou que se tratava de uma brincadeira, e depois de colocar o papel na balança ficou surpreendido, pois o peso daquele pedaço de papel era exatamente o custo que a mulher precisava para o seu casamento”, contou frei Rodolfo Pimentel, membro da paróquia de Santo Antônio de Lisboa.

Devido a essa e outras histórias, várias pessoas recorrem ao Santo para conseguir realizar o sonho do matrimônio. As promessas são diversificadas e a mais famosa delas é deixar a imagem de Santo Antônio invertida. “Deixar a imagem de Santo Antônio de cabeça para baixo é uma prática que ocorre mais no Brasil. É como se fosse uma ‘advertência’: você só vai sair daqui quando eu conseguir me casar. E se popularizou, mas não sabemos como começou essa história. Algumas pessoas também colocam a imagem do Santo dentro da geladeira ou atrás da porta”, explicou o sacerdote. 

Para a paróquia de frei Rodolfo Pimentel, promover casamentos coletivos é uma maneira de celebrar Santo Antônio. “Como nós recebemos essa graça do nosso padroeiro, de ser popularmente conhecido como um Santo Casamenteiro, nós atribuímos essa graça também. E, assim como ele, que naquela época facilitou o casamento daquela noiva, nós procuramos esses casais, que por algum motivo tiveram alguma dificuldade, seja financeira ou qualquer outro motivo, e ajudamos para que possam chegar aqui na igreja e celebrar o seu casamento. Então, para celebrarmos o nosso padroeiro nós, fazemos isso também”, afirmou.
 

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