22/06/2023 às 09h54min - Atualizada em 22/06/2023 às 09h54min

Inclusão: professores de Ananindeua são capacitados para dar aulas em braille nas escolas municipais

Essa formação é realizada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Ananindeua

com edição da Redação Belem.com.br
O Liberal
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A professora Dorifranci da Silva Baia trabalha em uma escola municipal de Ananindeua, na região metropolitana de Belém, e leciona para dois alunos com baixa visão. “Estou me alfabetizando agora e vou passar para meus alunos. Agora, com a inclusão do braille, melhorou bastante”, disse.

“O que aprendo aqui levo para a sala de aula. E a gente vê que eles estão mais alegres e mais incluídos”, afirmou. Dorifranci está participando de uma capacitação voltada aos professores lotados nas salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE) e que dão atendimento especializado aos alunos individualmente.

Essa formação é realizada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Ananindeua. “Nós estamos capacitando ainda mais os profissionais da Rede Municipal de Ensino (RME) de Ananindeua para que eles possam ensinar da melhor maneira os estudantes", disse Suelly Cardoso Silva, especialista na área de alfabetização em braille, que é um sistema universal de leitura e escrita para pessoas cegas ou com deficiência visual.

O curso de braille é uma formação realizada pela CGP (Coordenação de Gestão Pedagógica), por meio do Grupo de Trabalho de Inclusão e Atendimento Especializado (GTIAE), que visa capacitar os professores de educação especial que atuam nas salas de recursos multifuncionais com alunos cegos ou com baixa visão, alfabetizando, assim, essas crianças no braile. Capacitação dura, em média, dois meses, mas é um processo permanente

O curso está sendo realizado com a primeira turma no período de junho e agosto, todas as quartas e quintas-feiras, na sala do GTIAE, no prédio da Semed. "Nesse primeiro momento, são dez alunos. Cinco de manhã e cinco à tarde. Estamos alfabetizando esses profissionais da educação no braille. Em seguida eles aprenderão a usar as máquinas para leitura em braille, entregues pela Prefeitura de Ananindeua e Secretaria Municipal de Educação (Semed)", disse a professora Suelly, que ministra a capacitação.

Suelly falou o quanto esse trabalho é importante para capacitar os professores na linguagem e leitura de braille para poder inserir o aluno cego no mercado de trabalho. A prefeitura comprou 40 máquinas de braille. “Mas não adianta ter a máquina se nós não tivermos profissionais capacitados”, afirmou.

Ela disse que a capacitação dura, em média, dois meses, mas que esse treinamento será constante. “A capacitação dura uma média de dois meses, para você entender todo o alfabeto, porque é uma alfabetização. É como se você estivesse sendo alfabetizado. Tanto que é apresentado todo o alfabeto em braille “, disse. Depois dessa etapa, o professor vai aprender a usar a máquina de braille, que não tem letra e nem número.

Maira Melo é coordenadora do GTIAE, que faz parte da coordenação de gestão pedagógica. Esse grupo coordena a educação especial do município de Ananindeua. “Atualmente nós temos 41 salas de recursos multifuncionais onde atendemos nossos alunos com deficiência. E os alunos cegos e de baixa visão também são nosso público-alvo”, disse.

Professores serão agentes multiplicadores nas escolas municipais

“Por conta dessa demanda crescente no nosso município, a Semed adquiriu as máquinas de braille para serem colocadas nessas 41 salas de curso multifuncional. E, a partir daí, nós estamos capacitando os nossos professores que atuam na sala de recursos multifuncional e, também, para que eles possam ser os multiplicadores dentro das escolas”, disse Maíra. Atualmente, há, na rede municipal, 10 alunos cegos e de baixa visão.

“A aquisição de 40 máquinas é inédita no município. Essa é a nossa primeira turma, que está acontecendo agora em junho e agosto. Quando for em setembro vamos abrir mais uma turma. E, em novembro, abrimos mais uma turma. Nossa intenção é capacitar todos os nossos professores da educação especial do município. Nós estamos com 68 professores de educação especial”, disse.

Maira completou: “Estamos trabalhando a inclusão de fato e de direito desses nossos alunos com deficiência no município. Com esse grupo (GTIAE), a gente pode estar acompanhando os alunos dentro das escolas, dependendo da sua especificidade, e, a partir daí, traçando um bom plano de ação de atendimento para eles”.
 

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