29/06/2023 às 09h26min - Atualizada em 29/06/2023 às 09h26min

Projeto "Um livro por escola" revela novos escritores paraenses na rede municipal de ensino

Visa incentivar a leitura e estimular o protagonismo a escrita de estudantes da rede municipal

com edição da Redação Belem.com.br
Agência Belém
Ascom Semec
A Secretaria Municipal de Educação (Semec), por meio do Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares (Sismube), apresenta um dos resultados do projeto “Um livro por escola” realizado com as escolas do Distrito Administrativo do Guamá (Dagua), que visa incentivar a leitura e estimular o protagonismo a escrita de estudantes da rede municipal.

Inspirada no clássico infantil “O Pequeno Príncipe” do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, a Escola Municipal Edson Luís, localizada no Guamá, trabalhou a versão “Os Pequenos Príncipes e Princesas do Tucunduba” com contos escritos pelos estudantes do 5º ano que soltaram a imaginação trazendo as mais diversas temáticas e intertextualidades dentro do contexto social que vivem.

O pequeno Heliabe Santos, 10, conta que já tem o hábito da leitura em casa, mas se surpreendeu com a escrita. "Não sabia que tinha habilidade para escrever, mas depois que comecei no projeto ficou muito mais fácil", disse o menino que fez uma versão do Pequeno Príncipe que viaja pelos lugares conhecendo escritores paraenses como Rita Belém, Juraci Siqueira e Walcyr Monteiro, alguns dos seus favoritos.

A estudante Luana Rebeca da Costa Mendes, 13, com Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem habilidade com desenhos e comenta como os desenhos animados do Pernalonga e, principalmente, da Lulu, ajudaram a escrever sua história para o livro. "Meu desenho favorito é o Pernalonga e a Lulu. Ela me ensinou a não ter medo, ser uma menina bonita, fazer amizades numa nova escola com várias crianças. Minha história é para ajudar as pessoas a gostarem de desenhar", disse a menina.

Aprendizagem

Além do incentivo à leitura e escrita entre os estudantes, o professor Wilson Tadeu Amoras, técnico de referência do Sismube, explica que a proposta é fazer também um trabalho integrado entre professoras da sala regular com as bibliotecárias escolares ajudando no combate à evasão e na alfabetização dos estudantes.

Com o projeto, os educadores experimentaram novas práticas para a sala de aula. "Aprendi uma contação de história diferenciada da tradicional que logo despertou o interesse pela leitura muito rápido", contou a pedagoga Aline Pimenta ao ver a empolgação das crianças na conquista da leitura e escrita. Para ela criar um ambiente imaginário para as crianças foi um grande desafio.

A bibliotecária Janaína Rocha relata que apresentou os escritores paraenses e "naturalmente as crianças foram adaptando para O Pequeno Príncipe em vários cenários da cidade. Esse trabalho em parceira com a professora de sala de aula é muito importante".

Responsáveis

Emocionada a dona de casa, Suane Gomes da Costa, 33, mãe da Luana, agradece a acolhida quando a filha chegou à escola, sendo incluída em todas as atividades. "A Luana é muito comunicativa em casa, mas na escola ela travava e a nossa família ficou radiante com o resultado do projeto. A escola tem um olhar diferenciado para as crianças especiais", afirmou Suane.

A costureira Liliane Andrade do Carmo, 38, é mãe Felipe do Carmo, 10, e agradeceu aos educadores pelo desenvolvimento do filho."Foi no projeto que vi ele animado e interessado ainda mais pela leitura. Fiquei feliz que ele tava lendo com mais facilidade", disse Liliane ao ressaltar as dificuldades enfrentadas na pandemia. O estudante destacou no seu conto o verbo cativar em referência ao professor Wilson Amoras.

O livro "Os Pequenos Príncipes e Princesas do Tucunduba" será lançado na rede municipal de ensino em agosto e, para a cidade, em setembro na Feira Pan-Amazônica do Livro. O nome do livro é uma referência ao rio que corto bairro, para valorizar o sentimento de pertencimento.
 
 

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Como podemos te ajudar?