17/01/2020 às 13h00min - Atualizada em 17/01/2020 às 13h00min

Professora da UFPA fala sobre a evolução dos bairros de Belém

A palestra será realizada nesta sexta-feira (17), no Espaço Criança, no 3º piso do Castanheira Shopping, a partir das 16h30, com entrada aberta ao público

Assessoria de Comunicação do evento
Com edição do belem.com.br
A palestra faz parte da programação do Castanheira Shopping, que engloba a exposição "Belém, Viva Belém", aberta ao público até o próximo dia 31 de janeiro (Foto: Divulgação)
         
Dentro da programação em homenagem ao aniversário de 404 anos da cidade de Belém, a professora da Faculdade e Programa de pós-graduação em Geografia da Universidade Federal do Pará (UFPA), Maria Goretti da Costa Tavares, falará nesta sexta-feira (17), sobre como ocorreu o desenvolvimento da capital paraense a partir do século XVII até os dias de hoje. Denominada "A Evolução dos Bairros da Cidade de Belém", a palestra será realizada no Espaço Criança, localizado no 3º piso do Castanheira Shopping, a partir das 16h30, com entrada aberta ao público.
 
A professora, que também coordena o projeto de extensão Roteiros Geoturísticos, adianta que na palestra abordará a flagrante relação de Belém com a cultura vinda da Europa, que deixou na cidade traços diversos, que podem ser vistos em bairros como o da Cidade Velha e Campina, com forte influência portuguesa; na arquitetura que recebeu no século XVIII o talento do italiano Antônio Landi, autor, entre outras obras, do Palácio do Governo e da Igreja de Santana; e ainda da cultura francesa, com o período da Belle Époque, cuja influência pode ser vista também na arquitetura art nouveau da cidade, nas grandes avenidas (Boulevard Castilhos França, Presidente Vargas, Nazaré), nas praças, quiosques etc.
 
Outros pontos a serem levantados durante a palestra são as transformações da sociedade belenense, em particular no período do ciclo da borracha.  Foi quando potencializou o embelezamento de Belém com a construção de praças e de casarões, pertencentes aos chamados barões da borracha, nas áreas mais altas da cidade.
 
No mesmo período, a população mais pobre foi "empurrada" para as áreas mais baixas de Belém, onde os bairros eram mais alagados, como o do Guamá, Jurunas, Cremação, até mesmo no setor mais baixo do Umarizal. Já na década de 1960, a cidade foi crescendo em direção à Icoaraci e Ananindeua.
 
A temática também perpassará pela precarização da cidade de Belém a partir das ocupações desordenadas.
 
"Hoje, nós temos uma cidade pobre, do ponto de vista econômico, mas, ao mesmo tempo rica do ponto de vista da natureza, da cultura... O que faltou foi planejamento urbano durante esse processo de ocupação de Belém.", destaca a professora.
 
Na opinião dela, Belém precisa de mais respeito para evoluir de forma satisfatória para todos, e isso se reflete na escolha de políticos comprometidos com a cidade e com a população.
 
"Precisamos de políticos que respeitem a nossa cidade e o nosso voto. Que promovam projetos de geração de renda e os discutam com a sociedade. Precisamos também que a população respeite a cidade, pois Belém tem problemas sérios e alguns deles podem ser resolvidos com ações simples da sociedade civil, como a questão do lixo. A cidade está muito suja. Precisamos de projetos sérios para o desenvolvimento de Belém, principalmente em relação ao saneamento básico e infraestrutura.", pontua.

A palestra "A Evolução dos Bairros da Cidade de Belém" faz parte da programação histórico-cultural desenvolvida pelo Castanheira Shopping, que engloba a exposição "Belém, Viva Belém", que ficará aberta ao público até o próximo dia 31 de janeiro.

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