10/03/2020 às 18h00min - Atualizada em 10/03/2020 às 18h00min

Preço do peixe dispara e Prefeitura prepara decreto para controle

Na próxima quinta-feira (12), o prefeito Zenaldo Coutinho assinará o decreto que dispõe sobre a circulação do pescado no município

Agência Belém
Com edição do belem.com.br
De acordo com os estudos, as espécies com maiores elevações de preço foram o surubim; o curimatã e o tucunaré (Foto: Oswaldo Forte/ Agência Belém)
      
A maioria do peixe comercializado nos mercados municipais de Belém voltou a apresentar aumento de preço no mês de fevereiro. O estudo da Secretaria Municipal de Economia (Secon) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) foi divulgado nesta terça-feira (10).

“A alta de valor do pescado nesta época do ano já é esperada por motivo sazonais. No entanto, estamos trabalhando para garantir uma quantidade suficiente do peixe no período da Semana Santa, a fim de não haver aumentos abusivos aos consumidores”, destacou o titular da Secon, Rosivaldo Batista.

Decreto – Na próxima quinta-feira, 12, o prefeito Zenaldo Coutinho assinará o decreto que dispõe sobre a circulação intermunicipal do pescado no município de Belém no período de 31 de março a 9 de abril.

O decreto determinará que o cadastramento dos interessados em realizar o transporte do peixe que chega aos portos de Belém, principalmente na doca do Ver-o-Peso, para outras localidades deverá ser feito junto à Secon, com documentos oficiais encaminhados pelas prefeituras municipais, em que deverão constar o nome do responsável e a placa do veículo de transporte.
Segundo o supervisor técnico do Dieese no Pará, Roberto Sena, a medida da Prefeitura de Belém deve garantir a comercialização do peixe de forma equilibrada. “Somos o maior estado produtor do pescado, juntamente com Santa Catarina. Por isso, esse é o momento de lucrar com as exportações sem prejudicar a demanda interna da capital”, disse o economista.

Pesquisa - De acordo com os estudos da Secon e do Dieese, as espécies com maiores elevações de preço no mês de fevereiro foram o surubim, com alta de 10,49%, seguido do curimatã, com 10,43%; do tucunaré, 8,55%; do cangatã, 6,89%; da corvina, 6,46%; da pescada branca, 5,47%; do aracu, 5,45%; do xaréu, 4,53%; do pacu, 4,47%; do serra, 2,33%; da pescada amarela, 2,25%; da uritinga, 2,18%; do mapará, 2,13%; da sarda, 2,03%; da pratiqueira, 1,84%; e da gurijuba, com alta de 1,02%.
Também no mês de fevereiro foram observados recuos de preços de alguns pescados bastante consumidos pelos paraenses, com destaque para o camurim, com queda de 14,34%; seguido do cachorro de padre, com -9,01%; da dourada, -6,47%; do tamuatá, -6,35%; do bagre, -5,58%; do,  cação -5,19%; da arraia, -3,12%; do filhote, -2,94%; do tambaqui, -2,76%; da piramutaba, -2,49%; e da tainha, com queda de 2,17%.

Mesmo com o aumento do preço do peixe em fevereiro, a pesquisa da Secon e do Dieese identificou queda do valor na maioria do pescado nos últimos doze meses. No período de fevereiro de 2019 a fevereiro de 2020, os maiores recuos de preços foram verificados na pirapema, com queda de 26,34%; seguida do cachorro de padre, com -16,24%; do peixe pedra, -15,23%; da dourada, -13,96%; do camurim, -13,46%; do cangatá, -11,88%; do tamuatá, -11,48%; do bagre, -10,18%; do aracu -8,83%; da uritinga, -8,22%; do filhote, -7,46%; da pescada amarela, -6,46%; da piramutaba, -6,38%; do pacu -6,12%; e do curimatá, com queda de 5,52%.

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