30/04/2020 às 11h12min - Atualizada em 30/04/2020 às 11h12min

Vem aí o 1º Festival "As Amazonas do Cinema"

O evento vai trazer, além da mostra competitiva de curta, média e longa-metragens, uma oficina e debates

Assessoria de Comunicação do evento
Com edição do belem.com.br
Cena de Josephia, filme de Zienhe Castro (Foto: Divulgação)
    
O AMAZÔNIA DOC 3 em 1 propõe em sua 6ª edição uma imersão no cinema feito por mulheres cis e trans dos estados brasileiros que compõem a Amazônia; e dos países atravessados pela região conhecida como Amazônia Legal e Sul-Americana. O 1º Festival As AMAZONAS DO CINEMA acaba de abrir convocatórias. O regulamento para a submissão dos filmes está na plataforma Filmfreeway, que você pode acessar pelo site amazoniadoc.com.br/amazonas.
 
O evento vai trazer, além da mostra competitiva de curta, média e longa-metragens, uma oficina e debates sobre o pensamento e a presença feminina no cinema. “Acredito que o audiovisual é uma linguagem muito potente e que o uso dessa linguagem contribui pra reverberar o movimento feminista, potencializar nossas conquistas e fortalecer nossas lutas, e assim nos dar maior visibilidade; inclusive os Festivais de Cinema com maior participação de mulheres tornam-se uma forma excepcional para ampliar e promover nosso discurso”, diz Zienhe Castro, diretora geral do Amazônia Doc.
 
O festival também vai homenagear uma grande personalidade da nossa cultura. “Estamos desenvolvendo o Troféu ENEIDA DE MORAES, que não era uma mulher do cinema, mas foi uma mulher da Literatura, importante militante política e cultural e ainda fundadora do MIS-PARÁ, em 1971, ano que ela faleceu. Achamos que é uma mulher plural, multifacetada, que representa todas as linguagens, ela é sobretudo uma mulher da Cultura. Foi uma grande defensora da cultura popular. Acredito que Eneida esta para nós mulheres da Amazônia paraense com Leila Diniz está para as mulheres cariocas. Somos todas Eneidistas”, continua Zienhe, que também é realizadora.
 
A participação feminina no audiovisual vem crescendo em diversas posições, mas ainda  falta equilíbrio na área. “Percentualmente os números de mulheres diretoras ainda são bem reduzidos. É necessário refletir mais, discutir mais e fazer mais para mudar essa realidade. E esse festival reafirma a potência das narrativas feitas por mulheres”, diz a produtora e artista visual Carol Abreu, que coordena a iniciativa, ao lado da crítica e jornalista Lorenna Montenegro, a convite de Zienhe Castro. 
 
“As mulheres vêm desconstruindo o olhar normativo que ainda domina a cena audiovisual brasileira, mas que na região amazônica vem se fortalecendo com viés cultural e ancestral. Isso é algo que reverbera de uma forma potente em filmes realizados, pelo menos desde meados dos anos 80. Temos os documentário de Edna Castro feitos naquela época e Jorane Castro, que possui uma filmografia de vídeos artísticos, assim como ficção, em curta e longa-metragem, sempre tendo questões femininas como eixo central”, comenta Lorenna Montenegro. 
 
Carol Abreu, concorda. “Temos um cinema paraense amazônico feito por mulheres. Destaco Zienhe Castro (Promessas em Azul e Branco), Jorane Castro (Ribeirinhos do Asfalto) , Adriana Oliveira (Batalha de São Braz), Luciana Medeiros (Série de animação Os dinâmicos), Joyce Cursino (Elenão!), entre outras paraenses, como mulheres que reenergizam a cena com olhares femininos no cenário Pan-amazônico, que adentram camadas de um território que tem muito a ser experienciado”, reflete.
 
Protagonismo da mulher ganha ênfase em 2020
 
A presença da mulher no Amazônia Doc não é exatamente um novidade deste ano. Em 2019, durante o processo de construção da 5ª edição surgiu o desejo de fortalecer a presença feminina no Festival.  “Dei-me conta de que era só eu cercada de homens na organização e curadoria do Festival e isso me deixou muito incomodada. Resolvi convidar outras mulheres para abraçarem o Festival em vários setores da produção do projeto. Acabamos construindo uma edição com forte presença da mulher, foi o começo de tudo”, conta.
 
Todo o júri e a programação de mesas e palestras, no ano passado, foram compostos por mulheres. Zienhe lembra que da homenagem à crítica de cinema Luzia Miranda Álvares. “Foi lindo e potente! Nesta 6ª edição não podia ser diferente, mantivemos a presença de várias mulheres na organização. A proposta é construir um diálogo amplo e permanente e, sobretudo, construir pontes com as mulheres da cadeia produtiva do cinema desse imenso território Pan-Amazônico”.
 
A 6ª Edição do AMAZÔNIA DOC traz versão 3 em 1 está prevista para o segundo semestre. “Nós estávamos no início do processo de organização do Festival quando fomos surpreendidos pela pandemia da COVID-19, no momento já temos confirmada a parceria/apoio da ELO COMPANY que oferecerá um prêmio de distribuição para o filme vencedor da Mostra Competitiva da 1ª edição do Festival AS AMAZONAS DO CINEMA”, revela a diretora.
 
A realização do AMAZÔNIA DOC 3 em 1 é do Instituto Culta da Amazônia em Co-Realização com a SECULT- Governo do Estado do Pará e Instituto Márcio Tuma. A Produção é da ZFilmes, com parceria do Sesc; Sebrae; Belém Soft Hotel. Apoio Cultural:  FCP - Cine Líbero Luxardo - Funtelpa - Pará 2000- Distribuidora Estrela do Norte, Elocompany – Distribuição Audiovisual. Apoio institucional: Chama Amazônia Brasil; Holofote Virtual – Comunicação, Arte e Mídia.
 
Serviço
1º Festival AS AMAZONAS DO CINEMA acaba de abrir convocatórias. Inscrições abertas e regulamento na plataforma Filmfreeway. Acesse pelo site amazoniadoc.com.br/amazonas.

Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Como podemos te ajudar?