14/02/2021 às 17h00min - Atualizada em 14/02/2021 às 17h00min

Fevereiro Roxo: mês de alerta e conscientização sobre o Alzheimer

O Alzheimer é uma doença que destrói a memória e outras funções mentais

Da redação do Belém.com.br
Com informações da assessoria da instituição
1,2 milhões de brasileiros convivem com o Alzheimer. (Foto: Orlando Kissner)
     
O mês de fevereiro, apesar de curto, traz muitas campanhas importantes de conscientização sobre doenças, dentre elas, o "fevereiro roxo", que alerta sobre o Alzheimer, doença progressiva que destrói a memória e outras funções mentais importantes.
 
O Alzheimer atinge, especialmente, pessoas idosas, por isso, muitos sintomas podem ser confundidos com sintomas normais da idade, o que torna, muitas vezes, o diagnóstico difícil. A médica Kristel Back, neurologista do Sistema Hapvida, explica como funciona esta doença. "A doença de Alzheimer é uma doença neurológica, neurodegenerativa e progressiva, em que algumas estruturas do cérebro não funcionam direito, levando ao prejuízo ou a uma perda neuronal. O Alzheimer afeta, principalmente, a função cognitiva, ou seja, a linguagem, a memória, a capacidade de raciocínio e de atenção. Algumas tarefas que antes eram fáceis de executar, como administrar as contas da casa, ir ao supermercado, ou até organizar o lar, começam a se tornar difíceis", ressalta a médica.
 
A neurologista explica que o diagnóstico precoce é essencial para que o tratamento traga mais conforto para a vida do paciente. "O tratamento com as medicações melhora a qualidade de vida e retarda as fases mais graves da doença em até cinco anos."
 
A Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer) aponta que 1,2 milhões de brasileiros convivem com o Alzheimer, que é a forma mais comum de demência no mundo. Kristel Back explica que as causas da doença não são totalmente compreendidas, mas que é muito importante compreender os quatro estágios dela:
 
1. Pré-demência: sintomas sutis e muitas vezes atribuídos ao envelhecimento natural, como a perda da memória recente;
2. Estágio inicial: os sintomas de pré-demência se agravam e o paciente começa a esquecer palavras simples, fica desorientado no tempo e no espaço, esquece de pagar contas e tem dificuldades para tomar decisões;
3. Estágio intermediário: as dificuldades ficam mais evidentes, como esquecer o nome das pessoas; fatos importantes do dia a dia; dificuldade para formular frases; esquecer o endereço de casa; a memória recente é afetada, enquanto consegue lembrar de memórias mais antigas sem muita dificuldade;
4. Estágio avançado (terminal): o prejuízo da memória se agrava, o paciente não reconhece pessoas e locais; têm comportamentos inadequados; perde a capacidade do autocuidado; de tomar banho; de se vestir; dificuldade para se alimentar sozinho; além de poder haver incontinência urinária e fecal, passando a depender do cuidado de terceiros, como familiares e cuidadores.
 
O diagnóstico precoce
 

O diagnóstico é feito através da entrevista médica. "Além da entrevista médica, são pedidos alguns exames laboratoriais e de imagem, para excluir outras doenças e diagnosticar o Alzheimer. Ainda não existe nenhum exame que assegure que o paciente tem Alzheimer, portanto, o diagnóstico é clínico e muitas vezes é necessária uma avaliação neuropsicológica, que é uma avaliação mais estendida das capacidades cognitivas", orienta Kristel.
 
Para melhorar a qualidade de vida da pessoa com Alzheimer, a médica aconselha manter um estilo de vida saudável, praticar atividade física adequada para a idade e condições do paciente, ter uma boa nutrição, cuidar do sistema cardiovascular, controlar hipertensão, diabetes, pressão alta e colesterol para não acelerar o quadro da doença. "Além de praticar exercícios mentais, terapias cognitivas e manter a interação social, todos esses cuidados são muito importantes para estimular o cérebro e retardar o estágio final da doença", finaliza.

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