23/02/2021 às 12h30min - Atualizada em 23/02/2021 às 12h30min

Pfizer recebe registro definitivo no Brasil e clínicas poderão comercializar a vacina

O imunizante contra covid-19 é o primeiro a ter registro definitivo no país

Carolina Neves / Equipe Belém.com.br
Com informações da Agência Brasil
A vacina não foi um dos imunizantes adquiridos pelo Brasil e por isso ainda não está disponível no país. (Foto: emmer.com.ar)

   
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu hoje (23) o registro definitivo à vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Pfizer, em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNtech. O imunizante, chamado Cominarty, ainda não está disponível no Brasil e é o primeiro a obter o registro definitivo no país. 

O registro permite que a vacina Pfizer seja aplicada em toda a população brasileira, no entanto, o laboratório ainda não assinou contrato de venda com o Ministério da Saúde.

Em
carta aberta divulgada em 22 de janeiro, o CEO mundial da Pfizer pediu ao presidente da república, Jair Bolsonaro, celeridade na compra das vacinas, tendo em vista a alta demanda nacional. O Brasil não comprou nenhuma. Em nota divulgada, o Governo se posicionou dizendo que a compra do imunizante “[...] causaria frustração em todos os brasileiros, pois teríamos, com poucas doses, que escolher, num país continental com mais de 212 milhões de habitantes, quem seriam os eleitos a receberem a vacina”.

Em contra partida, o registro definitivo da vacina da Pfizer significa que ela pode ser tanto distribuída em postos de saúde, quanto vendida em clínicas particulares. Empresas também estão liberadas para comprar o imunizante para aplicação em seus funcionário.

A concessão do registro foi anunciada pelo diretor-presidente da agência reguladora, Antônio Barra Torres. “O imunizante do Laboratório Pfizer/Biontech teve sua segurança, qualidade e eficácia aferidas e atestadas pela equipe técnica de servidores da Anvisa, que prossegue no seu trabalho de proteger a saúde do cidadão brasileiro”, disse Barra Torres ao anunciar o registro. “Esperamos que outras vacinas estejam, em breve, sendo avaliadas e aprovadas”, acrescentou. A empresa entrou no dia 6 de fevereiro com o pedido de registro definitivo da vacina contra a covid-19. 

De acordo com a Anvisa, o registro “abre caminho para a introdução no mercado de uma vacina com todas as salvaguardas, controles e obrigações resultantes dessa concessão”. Até então, as vacinas aprovadas no Brasil são para uso emergencial: a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e a vacina produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade de Oxford e o laboratório inglês AstraZeneca.

De acordo com a Anvisa, entre as autoridades referendadas pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a agência reguladora brasileira é a primeira a conceder o registro de uma vacina contra a covid-19.

O pedido de registro definitivo é o segundo que a Anvisa recebe para uma vacina contra a covid-19. O primeiro foi feito em 29 de janeiro e é relativo à vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, que já tem autorização para uso emergencial no país.


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