O Brasil comemora no dia 7 de abril o Dia do Jornalista para homenagear João Batista Líbero Badaró, um brasileiro de origem italiana, que era médico e jornalista e teve um fim trágico: foi morto nesta mesma data, por inimigos que divergiam de seus ideais políticos. Seu assassinato se deu no ano de 1830, durante uma passeata comemorativa da Revolução Francesa.
Para definir o papel desse profissional, ouvimos Rodolfo Marques, professor universitário e doutor em ciência política. Para ele, a data deve ser sempre comemorada, “pois se tornou uma função essencial, dentro dessa ideia de trazer a informação e ajudar no processo de construção de cidadania”, define.
O professor reforça a necessidade que o jornalista tem de usar diferentes linguagens para os diferentes públicos. “É importante se refletir a respeito da responsabilidade e do processo de construção da informação, do relacionamento com os diferentes públicos. Hoje temos uma convergência de mídias e é necessário que haja de fato uma avaliação mais profunda sobre a função do jornalista”, pontua.
Rodolfo Marques também reflete sobre a imprensa nacional que se confronta com a censura. “Nós estamos em um contexto em que há uma grande dúvida sobre a remuneração, condições de trabalho, e alguns cerceamentos. Ao mesmo tempo que você tem uma ampla possibilidade de produção do conteúdo, de informação, você tem um certo cerceamento por parte dos órgãos de controle da informação. É importante que haja regras, mas estamos diante de um governo e de um presidente que, em geral, entra em conflito com os veículos de imprensa e comunicação, e é sempre um desafio importante estar avaliando sobre isso”, afirma.
Para Rodolfo Marques, a data deve ser sempre comemorada. (Foto: Arquivo Pessoal / Instagram)
"Em relação à imprensa no mundo você tem por exemplo a ONG Repórteres sem Fronteiras. Há outros processos importantes de avaliação, a questão sobre as violências contra jornalistas. Então é uma atividade importante, mas com diferentes configurações no mundo".
Para a jornalista Socorro Costa, 56 anos, que trabalha como editora de textos e repórter há mais de 30 anos, no decorrer de sua trajetória profissional, foi necessário se adequar a um novo contexto. "O processo do jornalismo mudou muito nos últimos anos. Com o advento das redes sociais, as notícias precisam ser mais diretas e rápidas. Os profissionais mais antigos tiveram que se adaptar, e estou neste grupo", disse a jornalista.
Já Luiz Moura, 19 anos, acadêmico de Comunicação Social - Jornalismo da UFPA, essa profissão traz consigo um peso de responsabilidade e ao mesmo tempo um resultado bem prazeroso. “Eu estou aprendendo que ser jornalista é uma mistura de dever, de paixão e de rotina. Você vai ter o dever de informar as pessoas, de prestar um serviço na verdade para elas. Isso torna a gente uma parte muito importante em nossa comunidade. Eu creio que isso precisa ser feito sempre com muita paixão. O jornalista tem essa característica de ser apaixonado pelo que ele é e pelo que ele se tornou e eu estou aprendendo muito isso no ambiente acadêmico”, relata o estudante, que já acumula uma experiência grande na área, apesar da pouca idade.
“Eu comecei a cursar jornalismo em 2020 e é apaixonante, pois desde pequeno era isso que eu queria fazer: informar as pessoas, transmitir emoções e sentimentos. Isso eu consigo fazer no trabalho que desenvolvo de narração esportiva. Já trabalhei em mídias alternativas, em rádio web, no Youtube e hoje estou numa rádio FM. Mesmo com 19 anos e com pouco tempo de carreira eu já sei que é isso que eu quero fazer pra minha vida toda”, finaliza.
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