27/04/2022 às 15h36min - Atualizada em 27/04/2022 às 15h36min

Movimento “Voto não tem preço” é lançado em Belém

O lançamento ocorreu na noite dessa terça-feira (26)

Rosa Borges - Redação Belem.com.br
O evento ocorreu na Unama Alcindo Cacela. (Foto: Divulgação)

                                                                        
Lançado na noite dessa terça-feira (26), no auditório D200 da Unama, campus da Alcindo Cacela, localizado no bairro do Umarizal, em Belém, o Movimento “Voto não tem preço”. 
A ação é coordenada por um grupo de profissionais, entre advogados, empresários e um policial federal aposentado, que pretende fazer uma grande mobilização para inibir a prática da compra de votos no período eleitoral.

Segundo a idealizadora do movimento, a advogada Lara Iglesias, a primeira intenção ao criar “Voto não tem preço”, foi de gerar uma mudança. “É uma mobilização gerada pela indignação diante dos impactos que vão muito além da ilegalidade dessa prática entre os políticos”, descreve.

A advogada disse ainda que o Código Penal prevê a punição tanto de quem compra como de quem vende seu voto. “A punição é de quatro anos de reclusão. Mas, mais que isso, nos indignamos com essa prática pois a população passa de vítima para ser seu próprio algoz quando se deixa iludir por esse comportamento orquestrado por quem deveria cumprir o papel de defender e lutar por seus interesses”.

O lançamento do movimento, que já tem atuação nos municípios de Castanhal e Goianésia, contou com pronunciamentos dos membros fundadores como os advogados Arthur Freitas e Samir Toutenge Júnior, da contadora e empresária Maria Dajuda Paulucio, e do policial federal aposentado Roger Rezegue.

Arthur Freitas destacou que hoje a sociedade precisa sair do círculo vicioso que traz a prática da compra de voto. “Durante anos nós confiamos nos políticos corruptos, mas hoje percebemos que estávamos num círculo vicioso, e daí surgiu a vontade de fazer as coisas diferentes, e dizer não à compra do voto”, declarou.

Maria Dajuda, que reside em Goianésia, se disse indignada com políticos que compram votos, pois estes não têm compromisso nenhum com seus eleitores.

“Sempre vi a compra de votos sendo descaradamente praticada, e aí eles deixam de ter compromisso com as pessoas. Isso faz com que políticos desse nível se perpetuem no poder. Creio que temos que fazer parte desse movimento para fazer a diferença”, sentenciou.

Samir Toutenge Júnior que descreveu a “matemática do voto”, reforçou a necessidade de valorizar o instrumento que o eleitor tem em mãos. “As pessoas que não têm noção do valor do seu voto, precisam perceber esse valor. Elas têm que ter a noção que a venda do voto vai causar prejuízo para ele e para toda a comunidade”, a partir da constatação de que bens e serviços deixam de ser disponibilizados para a população, em função de não haver nenhum compromisso do político com seu eleitorado.     

O policial federal aposentado, Roger Rezegue, com 41 anos de atuação na Polícia Federal, diz ter colecionado histórias de compra de votos, e que o movimento “Voto não tem preço” é uma semente dos que querem colher um país muito melhor. “Estamos vivenciando um tempo de mudanças”, reforçou.

O movimento ainda irá promover outras ações como palestras, debates e adesivaços. “Estamos em ano de eleição e faremos com que esse movimento continue”, informou Lara Iglesias.
 
 


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