06/05/2022 às 09h38min - Atualizada em 06/05/2022 às 09h38min

Brasil registra mais 500 mil casos de Dengue em 2022

O percentual de aumento no número de casos é de 113%

Rosa Borges - Redação Belem.com.br
Com edição da Redação Belem.com.br
Só em 2022, o Brasil já registrou mais de 500 mil casos de Dengue. (Foto: Divulgação / Uniprag)

                                                                                                        
O Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, divulgou números preocupantes, que revelam que quantidade de casos dos primeiros meses de 2022 são semelhantes ao total de todo o ano de 2021. A possibilidade de uma nova epidemia da dengue no Brasil já era esperada por especialistas da área. Segundo o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, o percentual de aumento no número de casos foi de 113%, comparado ao ano passado.

Ainda de acordo com o boletim do MS, até 23 de abril de 2022, foram registrados 542 mil casos da Dengue. Durante todo o ano de 2021, os registros da doença chegaram a 544 mil. O número de mortes até abril deste ano chegou a 160. O Estado com mais registros foi São Paulo, com 56 mortes. 

Para o Biomédico Dirceu Costa, Mestre em Medicina Tropical, Diretor da unidade da Unama Parque Shopping e coordenador do curso de Medicina da unidade institucional, esse aumento já era esperado desde 2019.

“Além das avaliações endêmicas, nos dois últimos anos, o Brasil não teve pernas para fazer um acompanhamento adequado da doença, por conta da pandemia da Covid 19, levando as pessoas a ficaram mais tempo em casa. E nesse período tivemos o menor índice pluviométrico, o que acabou inibindo a proliferação do mosquito. Esses fatores seguraram a evolução da doença que veio a eclodir em 2022, com a saída das pessoas de casa e da elevação do índice pluviométrico que estamos vivendo”, explicou.

Dirceu Costa também acrescenta que no Estado do Pará, além de existir um risco maior por conta do contexto de um índice pluviométrico extremamente elevado, não se elaborou um plano de contenção. “Existe um risco exponencial no Estado, que demanda cuidados especiais com doenças tropicais, como Malária, Dengue, Zica, Chikungunya, Febre Amarela e a prova disso, é que estamos tendo surto não só de dengue, mas de malária urbana”, descreveu.

Os sintomas da Dengue são similares aos de doenças virais. (Foto: Divulgação / Magscan)

Os sintomas da Dengue são similares aos de doenças virais. (Foto: Divulgação / Magscan)



O biomédico relembra quais os sintomas da doença e os perigos da auto-medicação. “Os sintomas são febre alta, dores nas articulações, dor no fundo do globo ocular, manchas avermelhadas que podem surgir na palma das mãos, na planta dos pés e nos braços”. Ele alerta para que os pacientes evitem o uso  do Ácido Acetilsalicílico, o famoso AAS, no tratamento da doença, pois é um medicamento que “pode potencializar o surgimento de uma versão mais perigosa da dengue, que é a Dengue Hemorrágica, levando o paciente a óbito”, alertou.

Dirceu Costa repassa algumas orientações para evitar a proliferação da doença. “O mosquito gosta de água parada e limpa, de forma geral da água da chuva. Até uma tampinha de garrafa pode ser um criadouro. Temos as medidas mais diretas de combate como o uso de mosquiteiro e o uso de inseticidas e de repelentes”, orientou.


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