Uma modalidade que nasceu de uma brincadeira com o fruto da mangueira e que acabou virando um jogo. Foi assim que surgiu o manbol, jogo que utiliza duas bolas, com formato que lembra uma manga (fruta).
O idealizador dessa modalidade, Rui Hildebrando, explica que para tornar-se um esporte a modalidade precisou de alguns pré-requisitos.
“Pra virar esporte, ela precisa ter uma entidade administradora e por isso temos hoje a Federação, a Confederação, e a Federação Internacional. Portanto, são as entidades gestoras do esporte. Consolidando isso, temos as regras, que são fixas, e finalizando essa consolidação, nós temos competições esportivas. Tudo isso faz com que a modalidade seja consolidada”, reforça.
O esporte nasceu de uma brincadeira com a manga (fruto). (Foto: Acervo pessoal)
Duas leis amparam a criação do esporte e reconhecem como modalidade esportiva, são elas: a lei estadual 8.739 de agosto de 2018, e uma municipal de número 9.192, datada de janeiro de 2016.
O esporte já se espalhou pelo Brasil e por diversos países, garante seu idealizador. “Estamos definindo estratégias para fazer as pessoas conhecerem o esporte e praticarem a modalidade, que é a única no mundo que se pratica com duas bolas simultaneamente. Um esporte completo que tem características da Amazônia”, reforça.
Para difundir ainda mais o Manbol, haverá a competição denominada “Taça dos Cabanos”, com preparação por meio de seminários em quatro instituições de ensino superior: Unama, Uepa, UFPA e Esmac. A disputa final ocorrerá em agosto, congregando quase cem atletas.
A Escola Superior Madre Celeste (Esmac), instituição privada de ensino superior, com sede em Ananindeua, já inseriu a modalidade na sua grade curricular no curso de Educação Física. “A Esmac Ananindeua é a primeira faculdade do Pará que inseriu a modalidade na sua grade curricular. Teremos depois a UFPA, Unama e a Uepa , que já demonstraram esse interesse. É um esporte que tem base pedagógica, tem contextualização, tem uma história, conteúdo e foi desenvolvido dentro de um contexto ideal para as universidades”, descreve Rui Hildebrando.
Segundo ele, o período de veraneio será propício para difundir a modalidade nas praias do interior do Estado. “Vamos estar também nas praias com o Circuito de Verão, em Salinas e Mosqueiro, difundindo o esporte de uma forma muito ampla”, informou.