01/11/2019 às 16h53min - Atualizada em 01/11/2019 às 16h53min

Arte rupestre na Amazônia é tema de exposição

A iniciativa busca aproximar o público, em especial crianças e jovens, da arte rupestre e da pesquisa arqueológica na Amazônia

belem.com.br
Assessoria de Comunicação do Museu Goeldi
Para a produção dessas imagens, a equipe visitou cinco sítios do Parque Estadual de Monte Alegre, no final de agosto (Foto: Edithe Pereira)

Com mais de 12 mil anos, alguns dos mais antigos vestígios da presença humana na Amazônia, conhecidos até agora, estão no Parque Estadual de Monte Alegre, localizado no Baixo Amazonas, no Pará. São dezenas de desenhos pintados e gravados em rochas, que podem ser encontrados em cavernas ou na beira de rios, marca dos antigos povos que viviam na região.
 
Aliando a inovação tecnológica com o fascinante universo da arqueologia, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e a DDK Digital, com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), inauguraram, nesta sexta-feira (1⁰) a exposição “Arte rupestre amazônica e realidade virtual”. A abertura ocorreu no Pavilhão Domingos Soares Ferreira Penna (Rocinha), no Parque Zoobotânico.
 
Explorando a inovação das tecnologias de interface, entre elas, a realidade virtual e a realidade aumentada, a exposição busca aproximar o público, em especial crianças e jovens, da arte rupestre e da pesquisa arqueológica na Amazônia, com destaque para o patrimônio de Monte Alegre. A mostra tem a curadoria do diretor e roteirista da DDK Digital, Adriano Espínola Filho, responsável também pela criação do projeto; e a consultoria científica dos arqueólogos Edithe Pereira, do Museu Goeldi, e Claide Moraes, da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).
 
“Trazer pra perto das novas gerações, por meio da tecnologia, tema tão importante como a arte rupestre é uma questão-chave nessa exposição. O uso dessas ferramentas acompanha uma tendência mundial e abre os museus para novas experiências. Para mim, é uma alegria realizar esse trabalho numa instituição como o Museu Goeldi, sobretudo pela tradição do trabalho de pesquisa em arqueologia e de difusão e defesa desse patrimônio”, destaca Adriano Espínola, que também é antropólogo.
 
Exposição – A exposição “Arte rupestre amazônica e realidade virtual” ocupará o Salão Transversal da Rocinha, no Parque Zoobotânico. Totalmente interativa, a mostra vai reunir informações sobre a arte rupestre na Amazônia e sobre as teorias que envolvem a ocupação humana no continente americano. Contudo, o diferencial está na maneira como o público vai ter acesso a esse conhecimento. É aí que entram a realidade virtual e a realidade aumentada.
 
Com óculos de realidade virtual, a grande experiência da mostra para o público será a visita a uma caverna com desenhos e inscrições rupestres. Para a produção dessas imagens, a equipe visitou cinco sítios do Parque Estadual de Monte Alegre, no final de agosto. Além disso, com um tablet, os visitantes vão poder navegar por um mapa, que apresenta, por meio da realidade aumentada, os movimentos migratórios que levaram à ocupação das Américas. Os detalhes da produção vão poder ser conferidos num minidocumentário que também integra a exposição.
 
“Essa exposição, com a curadoria de Adriano Espínola, converge com os projetos de difusão do patrimônio arqueológico de Monte Alegre, que a gente desenvolve no Museu Goeldi. O objetivo é justamente esse: levar informação pro grande público de uma maneira lúdica e instigante, ainda mais quando traz esse passado por meio de tecnologias que, com certeza, vão chamar muito a atenção das crianças e adolescentes. Se esses jovens são despertados desde cedo sobre esse tema, serão novos aliados que ganharemos na defesa e preservação desse patrimônio arqueológico”, avalia Edithe Pereira, que desde 1989 desenvolve estudos na região.
 

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