08/11/2019 às 09h38min - Atualizada em 08/11/2019 às 11h27min

Indústria brasileira tem alta com o melhor resultado para agosto em cinco anos

Em agosto deste ano, a produção industrial aumentou 0,8% em comparação ao mês anterior. Trata-se do melhor resultado mensal desde 2014.

DINO
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A produção da indústria brasileira apresentou resultados positivos em agosto de 2019, os melhores em cinco anos, o que traz otimismo para o setor e a necessidade latente de investimentos.

Em agosto deste ano, a produção industrial aumentou 0,8% em comparação ao mês anterior. Os dados foram liberados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se do melhor resultado mensal desde 2014 (na época houve um período de alta de 0,9%). Também trata-se da informação mais positiva desde junho de 2018, quando ocorreu a recuperação após a greve dos caminhoneiros (com salto atípico de 12,6%).

É preciso voltar os olhos ao setor industrial

Em comparação com julho, a produção mostrou certo recuo, ainda que os resultados quanto à produção e o acumulado em 2019 sejam positivos em comparação às expectativas dos economistas junto a uma pesquisa de Reuters, com alta de 0,3% na variação mensal.

Ainda que se trate de um crescimento, é preciso acontecer uma mudança substancial, focando esforços na recuperação ou na reação do setor industrial. A retomada de resultados positivos de agosto é apenas o primeiro sinal de que o setor voltou a reagir, ainda que a indústria opere 17,3% distante do pico.

Ao levar em consideração os grandes setores econômicos, é possível identificar resultados positivos em Bens Intermediários (ganho de 1,4% entre julho e agosto). A fabricação de Bens de Capital e Bens de Consumo, por outro lado, ainda requer atenção.

Indústrias extrativas saem na frente

Dentre as principais atividades do setor, as indústrias extrativas demonstram o principal resultado positivo, com avanço de 6,6% e crescimento pelo quarto mês consecutivo. Isso se deve, principalmente, à extração de gás, minério de ferro e petróleo. É preciso destacar também os avanços de 2% nos produtos alimentícios e de 3,6% na produção de produtos derivados do petróleo, coque e biocombustíveis.

Com relação aos veículos automotores, é difícil não considerar a influência da crise econômica na Argentina, que diminuiu as exportações de reboques e carrocerias para o país vizinho. Do lado do Brasil, é claro que os ganhos registrados em agosto são, deveras, positivos, porém o crescimento deve ser considerado mais um incentivo para reação após tantas quedas consecutivas.

De acordo com os economistas, em pesquisa realizada pelo Banco Central, a atividade industrial deverá crescer 2,10% em 2020, o que demandará uma postura diferenciada por parte dos empreendedores.

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