01/12/2022 às 16h03min - Atualizada em 01/12/2022 às 16h03min

Sespa promove capacitação sobre o Transtorno do Espectro Autista (Tea)

O evento abordou as características do transtorno, com foco no diagnóstico prococe

Com edição da Redação Belem.com.br
Ag. Pará
O evento abordou as características do transtorno, com foco no diagnóstico prococe. (Foto: Divulgação)

                                                                                                                                                               
O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), junto com a Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo (CEPA), realizou, na manhã desta quinta-feira (1º), o curso de capacitação para tratar sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) em suas diversas fases de desenvolvimento.

O evento no auditório da Sespa teve formato híbrido, presencial e virtual, para a capital e interior. Com o tema “Vigiar é Preciso: marcos do desenvolvimento infantil e sinais de alerta para o autismo”, a atividade objetiva ampliar a percepção dos profissionais sobre os sinais de identificação e rastreio da pessoa com TEA. 

O curso de capacitação foi presidido pela terapeuta ocupacional da Cepa, Neyelle Lacerda. Ela explicou as características do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em suas respectivas faixas etárias e a importância de um diagnóstico precoce.

“Existem fatores biológicos e ambientais que podem interferir no desenvolvimento infantil. É importante observar as manifestações comportamentais da criança, como déficit na comunicação, interesses sociais, padrões repetitivos de comportamento, dificuldade com mudança de rotina, entre outros. É importante procurar um profissional de saúde para orientar o responsável de acordo com a demanda que o paciente apresenta para que seja fechado o diagnóstico o quanto antes e iniciar os acompanhamentos terapêuticos necessários”, reforçou a terapeuta. 

Segundo Neyelle, nem sempre a criança apresenta todos os sinais do transtorno, mas também alguns sintomas podem ser apresentados nos primeiros meses de vida. “A intervenção precoce ajuda no desenvolvimento do paciente. Às vezes, descobrimos pacientes com TEA depois de anos de vida, o que acaba dificultando a resolução dos déficits apresentados pelo indivíduo”, explicou a profissional.

O médico e técnico da coordenação de saúde da criança, Helio Franco, classificou que o curso de capacitação como fundamental, já que no setor da saúde surgem novidades todos os dias. Para ele, os eventos precisam ser realizados de forma sistemática.

“Seminários sobre o desenvolvimento infantil são sempre de grande relevância. É preciso capacitar, treinar e fazer esses eventos para que as pessoas sejam agentes multiplicadores nos seus locais de trabalho”, finalizou.

Seminário 10 anos da Lei nº 12.764/2012 (Lei Berenice Piana) – conquistas e desafios.

Na manhã desta quinta-feira (1), a coordenadora estadual de políticas para o autismo (CEPA), Nayara Barbalho, participou do “Seminário 10 anos da Lei nº 12.764/2012 (Lei Berenice Piana) – conquistas e desafios”. O evento, do Conselho Nacional de Justiça, instituiu a política nacional de proteção dos direitos da pessoa com Transtorno do Espectro Autista. 

“É importante falar nesse momento da realidade diária, da dificuldade que temos das entidades, dos municípios se responsabilizem pelas pessoas com autismo. Então é importante frisar que essa competência é comum e concorrente entre os entes, ou seja, municípios, estados e união. É algo que está previsto na legislação e precisamos referendar isso no dia a dia, na prática da execução dessa política para que os usuários não fiquem perdidos”, explicou Nayara Barbalho. 

Nayara Barbalho destacou, ainda, as políticas públicas criadas pelo governo do Estado para atender as pessoas com TEA, como a criação da Lei 9.061/2020, que estabelece a política estadual de proteção do direito da pessoa com autismo, baseada na Lei Berenice Piana.

Ela também falou da retirada do prazo de validade para o laudo que atesta o autismo, da proibição de soltura de fogos de artifícios com estampidos em todo o território do Pará, além da implantação do Núcleo de Atendimento Transtorno do Espectro Autista (Natea). 

“A cada três meses as famílias precisavam renovar laudos para uma condição permanente onde, ainda, não há cura. Os Nateas trabalham apenas e unicamente as práticas baseadas com evidências cientificas para o autismo. Não havia nenhum local no Pará e não há no Brasil, a nível de SUS, um local que atendesse pessoas com TEA baseadas em práticas com evidencias cientificas”, concluiu Nayara.


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