Capacitar profissionais que atendem à população LGBTI+ nos pontos da rede municipal de saúde, como parte do programa de Saúde Integral desenvolvido pela Prefeitura de Belém: este foi o tema da reunião realizada nessa segunda-feira (12), no auditório da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).
A roda de conversa com propostas de capacitação é uma iniciativa da Prefeitura de Belém em parceria com Governo do Estado, como uma das estratégias de execução do Projeto Casulo, que propõe a reestruturação do fluxo ambulatorial e hospitalar para o atendimento de pessoas transexuais.
Acolhimento
A porta de entrada do Projeto Casulo é feita nas unidades básicas de saúde por meio do acolhimento e habilitação dos profissionais envolvidos no atendimento de pessoas trans, travestis ou em processo de transexualização. É o primeiro passo para alcançar a meta de Atendimento Integral à população LGBTI+. "É uma meta dessa gestão municipal”, explica Karen Tavares, coordenadora de Humanização da Sesma.
Fluxo
O fluxo de atendimento começa nas unidades básicas de saúde. A unidade faz o acolhimento do usuário e o preenchimento da ficha de referência, com registro no Sistema Nacional de Regulação (SISREG) e marcação da consulta com clínica médica (processo transexualizador).
O usuário será atendido no dia marcado e acompanhado por, pelo menos, dois anos, no atendimento ambulatorial. Para ter acesso aos procedimentos cirúrgicos, é necessário ter indicação específica e idade mínima de 21 anos.
O atendimento pode ser realizado nas unidades básicas do bairro da Marambaia, Benguí, Maguari, Guamá, Outeiro, Maracajá, Jurunas, Satélite, Curió-Utinga, Vila da Barca, Aeroporto e Casa Rua Nazareno Tourinho.
Reunião
A reunião nessa segunda-feira contou com a participação de representantes de movimentos sociais, da Coordenadoria de Diversidade Sexual e dos membros do Grupo de Trabalho de Educação Permanente da Sesma.
Durante a roda de conversa, as palavras elencadas na dinâmica foram: respeito, dever, inclusão, informação, direito, dignidade, deficiência, responsabilidade social, transversalidade, reconhecimento, educação e difusão de políticas inclusivas.