05/01/2023 às 14h30min - Atualizada em 05/01/2023 às 14h30min

Método estreita laços de pai, mãe e bebê prematuro

Técnica, dividida em três etapas, é indicada para recém-nascidos com baixo peso e prematuros

Com Edição da Redação Belem.com.br
Agência Pará
O Método Canguru aproxima o prematuro da mamãe enquanto está em ambiente hospitalar. (Foto: Ag.Pará)
 

A pequena Isis Cecilia Cunha Pinheiro nasceu de 29 semanas de gestação, pesando 1.010 kg. Considerada prematura extrema, ela e sua família tiveram de ser submetidas aos cuidados neonatais especiais, incluindo aí o método canguru. Atendida no Hospital Materno Infantil de Barcarena (HMIB) - Dra. Anna Turan, a bebê foi contemplada com um diferencial: além da mãe, o pai também participou das técnicas humanizadas que reúnem estratégias de intervenção biopsicossocial.   

O método canguru é um modelo de assistência ao recém-nascido prematuro e sua família, que estimula o desenvolvimento e coloca o bebê em contato pele a pele, para sentir o cheiro e ganhar o calor do corpo da mãe e também do pai. Na técnica é estimulado o livre acesso dos pais na participação dos cuidados com o filho neste período de assistência redobrada. Estes devem ser individualizados, respeitando o sono e o estado comportamental do bebê. Devidamente orientados pelos profissionais, o pai e a mãe podem tocar e realizar a posição canguru precocemente.

As técnicas do canguru permitiram que, mesmo com o uso de ventilação mecânica, a pequena Isis tivesse o contato com os pais. “Isso representa muito na vida de um bebê prematuro. Logo quando tive minha filha, não pude colocá-la no colo. Ela foi intubada e fiquei por uns dias impedida de carregá-la. Isso é muito doloroso para uma mãe e para um pai. E mesmo com os aparelhos, com o método canguru, consegui segurá-la pela primeira vez”, conta a dona de casa Shirley Gomes Cunha.   

Indicação - O método é composto por três etapas. A primeira é a assistência no pré-natal com a identificação de fatores de riscos que indiquem a necessidade de cuidados especializados para a gestante, os quais podem ou não acarretar a internação do recém-nascido na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e Unidade de Cuidados Intermediários Convencional (UCINCo).

Já a segunda ocorre na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Canguru (UTIN). O enfermeiro Nataliel Miranda, coordenador das UTIs do HMIB, lembra que nesta fase ocorre o fortalecimento da díade mãe-bebê. “Os recém-nascidos precisam atingir os critérios de elegibilidade, os quais são: estabilidade clínica, sem infecção, com alimentação enteral, respiração espontânea e ritmada, com peso mínimo de 1.250kg e com condições maternas”, observou.

O profissional também lembra que a terceira etapa dos cuidados neonatais que envolvem o Canguru é com assistência a nível ambulatorial. “É necessário que o recém-nascido atinja o peso maior que 1.700 g e competência do bebê e da família, no que tange ao aleitamento materno, ganho de peso consistente”, reforçou.


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