São onze expositores, entre pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), seus familiares e associações. Foto: DivulgaçãoDoces, salgados, roupas, materiais pedagógicos e artesanatos. Esses são alguns dos produtos que estão sendo comercializados durante a programação da 5° Feira do Empreendedorismo Inclusivo, que acontece durante todo o fim de semana no Porto Futuro, em Belém. O evento é organizado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo (Cepa) e segue até domingo (29).
São onze expositores, entre pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), seus familiares e associações, que estão divididos nos estandes montados para o evento. Desta vez, a novidade fica por conta do espaço “Cuidar para Incluir”, dedicado para falar sobre saúde mental, em alusão ao mês da campanha Janeiro BBrano. Uma equipe da Cepa, formada por psicólogo, terapeuta ocupacional e fisioterapeuta, vai estar presente nos dois dias de ação, com o serviço de orientação e práticas terapêuticas.
Dona Silvia Letícia Pinheiro é moradora de Barcarena e participa pela primeira vez da feira. Ela faz parte da Associação de Apoio e Orientação aos Pais de Autista (Gaopa). Para ela, a feira é uma oportunidade de expor o trabalho tanto dos autistas quanto de seus cuidadores. Silvia acredita que o trabalho é uma forma de divulgar a causa do autismo. “Antes, a nossa maior preocupação era o diagnostico precoce e hoje já temos um progresso compensador. A nossa luta hoje é para que o adolescente e o adulto com Tea seja atendido, seja visto e possa ter uma convivência social, profissional e escolar igual a todo mundo”, pontuou.
Silvia explica que parte da renda arrecadada é dividida entre a manutenção da associação e também para as famílias das pessoas com autismo que são integrantes da Gaopa.
Os irmãos Gabriel e Miguel Silva são autistas e estão na feira vendendo desenhos, caricaturas. O pequeno Miguel ainda aproveita o momento para mostrar um pouco da sua história no livro “Miguel Tea com seus Amigos de Penas”, que mostra a relação do menino com as galinhas. A mãe dos meninos, Luciane Veiga, acredita que a feira inclusiva é uma troca e um momento de socialização dos filhos. “É gratificante para eles participar e divulgar os trabalhos. Isso mexe com a autoestima deles e eles gostam bastante de mostrar o que criam”, disse a mãe orgulhosa.
