10/02/2023 às 14h00min - Atualizada em 10/02/2023 às 14h00min

Funbosque vistoria área onde árvore caiu em Outeiro

Técnicos da Funbosque vão realizar uma perícia para identificar o motivo da queda da árvore

Com edição da Redação Belem.com.br
Ag. Belém
O manejo das árvores desse fragmento de floresta é realizado, periodicamente, nas ruas que ficam localizadas ao lado da escola. (Foto: Divulgação / Ag. Belém)

                                                                                                                                                               
Uma árvore da espécie Tatapiririca, localizada na lateral das dependências da Fundação Escola Bosque (Funbosque), caiu e ficou atravessada na Av. Nossa Senhora da Conceição, em Outeiro, na madrugada desta quinta-feira, 09. Logo que a direção da fundação tomou conhecimento, imediatamente acionou as secretarias municipais competentes, que realizaram os procedimentos necessários e, às 9h da manhã, a via foi liberada para o tráfego.

O serviço de retirada do vegetal foi feito pela equipe técnica da Funbosque, com o apoio da Agência Regional de Outeiro (Arout), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e agentes da Superintendência de Mobilidade Urbana de Belém (Semob). O Corpo de Bombeiro e a Equatorial Energia também estiveram no local para fazer os serviços necesários.

Técnicos da Funbosque vão realizar uma perícia para identificar o motivo da queda da árvore, que fazia parte da floresta tropical secundária, de aproximadamente 12 hectares, onde está localizada a Funbosque.


Prevenção

O manejo das árvores desse fragmento de floresta é realizado, periodicamente, nas ruas que ficam localizadas ao lado da escola. "A manutenção é feita por meio de vistorias ou demanda de moradores do entorno da escola. Fazemos a análise e, se percebermos que é preciso fazer o manejo do vegetal, a gente faz a retirada ou a poda. Foi exatamente o que fizemos ontem em uma árvore que se encontrava no final da Fundação, reduzimos ela a menos de 2 m", explicou o engenheiro florestal, Wanderson Silva.

De acordo com a equipe técnica da Funbosque, só no ano de 2022, cerca de 100 árvores de pequeno e médio porte sofreram intervenção de poda ou foram suprimidas, se enquadrando em diretrizes e procedimentos técnicos.

O trabalho feito por engenheiro florestal e técnicos ambientais, por  meio de vistorias, avaliações, emissões de laudos, evitou que houvesse algum dano estrutural tanto para Fundação quanto para os vizinhos e que situações como essas ocorressem de forma rotineira.

"Todas as providências que estão dentro do nosso alcance, como a manutenção da borda para que não entre em contato com a fiação elétrica, medidas preventivas de isolamento de áreas, cupinicida, vêm sendo feitas, para manter a saúde e a segurança da vegetação que possuímos aqui", explicou o presidente da Funbosque, Alickson Lopes.

"Entretanto, é difícil atingir os 100% dos 12 hectares de florestas. Apesar de ter uma equipe técnica muito boa, vai ocorrer alguma situação fora da curva, por mais que você tenha um trabalho preventivo", completou  Alickson Lopes. 


Preservação

Para preservação desse fragmento de floresta, em setembro de 2022 a Fundação Escola Bosque publicou uma Portaria Nº 317, de 20 de setembro de 2022, que estabelece a compensação ambiental/reposição e enriquecimento de sub-bosque ou clareiras formadas por quedas naturais na sede e em todas as unidades ligadas à Fundação Centro de Referência Ambiental "Escola Bosque" Professor Eidorfe Moreira.

"Após uma análise nas áreas da Fundação, a equipe técnica da Coordenação de Projeto e Pesquisa da Funbosque elaborou o documento para regulamentação da portaria de compensação ambiental, para que não tenha perda na cobertura florestal nessas áreas, e todos os indivíduos florestais que foram retirados já foram compensados com o plantio de 171 espécies dentro da área da Fundação", destacou a engenheira ambiental da Funbosque, Camila Pires.

Além do comprimento da portaria, a Escola Bosque realiza, dentro do projeto Agentes e Monitores Ambientais, a produção de mudas de várias espécies como andiroba, samaumeira, paricá, ipês, entre outras, que são utilizadas para recuperação de áreas da escola, bem como em áreas da região insular de Belém. Em 2022, foram produzidas mais de 10.000 mudas, sendo doadas cerca de 5.000, para serem plantadas em espaços públicos e para moradores da ilha de Caratateua.


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