30/05/2023 às 11h33min - Atualizada em 30/05/2023 às 11h33min

Orquestra Ribeirinha da Amazônia leva conhecimento musical para crianças

O músico Gabriel Dietrich e um dos idealizadores do projeto falou mais sobre os próximos passos e a missão principal da ideia

Com edição da Redação Belem.com.br
O Liberal
Reprodução

Possibilitar acesso ao conhecimento musical para crianças e jovens ribeirinhos é um dos principais intuitos do projeto “Orquestra Ribeirinha da Amazônia”. No último sábado, 27, foi promovida uma vaquinha virtual para o financiamento do projeto, voltado a moradores da Ilha do Combu, em Belém. O músico Gabriel Dietrich e um dos idealizadores do projeto falou mais sobre os próximos passos e a missão principal da ideia.


Segundo Gabriel, a ideia de fundar a “Orquestra Ribeirinha da Amazônia” nasceu 2020, durante a pandemia. “Eu, e meus parceiros Nazaco e Marcel fomos para o Combu. Levei meu violão e estava tocando umas guitarradas quando percebi o interesse dos meninos, o Eduardo e o Alejandro. O Nazaco começou a passar alguns ritmos para eles tocarem, e logo eles estavam tocando, pegaram rápido. A partir daí, vimos o potencial deles para a música e nasceu essa ideia, de levarmos aulas de música para eles”, explicou o músico.


Gabriel explicou ainda que o projeto é importante no sentido de possibilitar acesso a conhecimento musical para essas crianças que dificilmente teriam de outra forma”. Mesmo tendo aulas de percussão gratuitas em Belém em alguns lugares, para eles é difícil de ter acesso a isso, pela questão do transporte. O Combu é bem ‘perto’ de Belém, mas ao mesmo tempo possui uma realidade completamente diferente”, ressaltou.


O músico enfatizou que o ano de 2023 foi escolhido para que o trio colocasse em prática a vontade. “Começamos a dar essas aulas de forma 100% independente, contando com algumas doações de amigos próximos para bancar os custos de transporte e alimentação que temos. Já faz um mês e meio que estamos dando as aulas e tem sido muito gratificante ver a evolução e o interesse deles”. Gabriel acredita que repassar esses ritmos para uma nova geração é uma forma de salvaguarda-los, para que esse conhecimento não se perca.


Gabriel destaca que a grande missão do projeto é gerar inclusão e transformação social, tendo a música como principal chave. “A intenção é dar novas perspectivas de vida para essas crianças, através do ensino musical, promovendo o resgate cultural e a salvaguarda dos ritmos amazônicos”. O músico explica ainda, que além do ensino rítmico, é passado o contexto histórico e social dos ritmos que são ensinados.


“É um ensino amplo, que possibilita eles compreenderem o papel da música na cultura local e como ela pode ser uma importante ferramenta para a promoção da cidadania e do desenvolvimento social”, complementou o músico. Além disso, o projeto tem como foco o desenvolvimento da criatividade e da autoestima dos alunos, aprimorando a capacidade de trabalho em equipe e colaboração. “Acreditamos dessa forma, formar cidadãos conscientes e comprometidos com o desenvolvimento da região amazônica”, concluiu o músico.


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