O Mabe promove exposições com mediação, visitas guiadas, roda de conversa e performances. FOTO: ASCOM / FUMBEL Com o tema “Museus, acessibilidade e inclusão”, de 24 a 29 de setembro, o Museu de Arte de Belém (Mabe) participará da 18ª Primavera dos Museus, realizando uma programação gratuita e aberta ao público, das 9h às 16h30. O evento tem como objetivo ressaltar a importância sobre o papel dos museus na promoção do acesso a todos os seus públicos, independentemente de suas condições físicas, sensoriais ou cognitivas.
Nesta 18ª Primavera dos Museus, o Mabe promove exposições com mediação, visitas guiadas, roda de conversa e performances que integram as atividades, permitindo uma experiência única ao público. Além disso, a programação visa promover a acessibilidade e permitir o acesso aos espaços do Mabe de forma autônoma.
“Quando falamos de acessibilidade, precisamos entender que há aspectos que os museus precisam atender com urgência, como acessibilidade física, econômica e intelectual. Somente derrubando essas barreiras será possível atender o significado da inclusão e contemplar a diversidade de públicos nos museus. É sempre importante trazermos exposições, debates e outras experiências sobre o tema”, declara Janice Lima, pesquisadora e educadora do Mabe.
O grande diferencial dessa programação são as exposições mediadas por Janice Lima, que reforça a importância de promover o acesso de todos ao museu. “As mediações a essas exposições pautam-se pelo respeito à diversidade de públicos, que podem acessá-las também por meio das audiodescrições das obras para pessoas cegas ou com baixa visão e contam com intérpretes de Libras para pessoas surdas”, declara Janice, que será mediadora das exposições.
A exposição de pinturas, esculturas e vídeo-performance da artista visual Sanchris Santos, apresenta uma reflexão importante sobre a vida, as relações de força e poder que atravessam e marcam a existência, em sua impermanência.
Sagrado Dissidente Esta exposição é resultado da pesquisa de mestrado do artista Raphael Andrade, que a partir de sua obra “Flores para Pietá”, reúne obras suas e de mais 14 artistas trazendo a questão: “O sagrado está presente?”, reverberando reflexões acerca do rompimento e intervenção no sistema normativo em relação às ideias de profano e de marginalidade relacionados aos símbolos e alegorias dos corpos LGBTQIAP+.
Além das exposições, a Roda de Conversa “Museus, Acessibilidade e Inclusão: Educação e Diversidade” e a aula de técnicas corporais e a performance “Negro Sou”, compõem a programação da 18ª Primavera dos Museus, potencializando diálogos e experiências sensíveis-reflexivas sobre esse o tema escolhido pelo Instituto Brasileiro de Museus. A programação é gratuita e aberta ao público, sem necessidade de inscrição prévia.
Programação 18ª Primavera dos Museus
Local: Museu de Arte de Belém
24 a 29/09- terça-feira a domingo.
Exposições com mediação.
“Impermanência” da artista Sanchris Santos, na galeria Antonieta Santos Feio.
“O Sagrado Dissidente” do performer Raphael Andradena sala Theodoro Braga.
Participantes: público em geral
Horário: 9h às 16:30h
Dia: 25/09- quarta-feira
Apresentação de Técnicas corporais afro-religiosas e indígenas com alunos do curso técnico em teatro-ETDUFPA.
Local: Sala Theodoro Braga
Direção: Prof.ª Ana Flávia Mendes
Horário: 15h30 às 17h30
Dia: 26/09- quinta-feira
Roda de conversa: Museus, acessibilidade e inclusão: educação e diversidade
Participantes: Professora Sanchris Santos, professor Raphael Andrade, professora Danielle Souza, Museóloga e Educadora
Popular, Angélica Albuquerque, Estudante de museologia, Isabel Lopes
Mediação/MABE: Professora Janice Lima
Público: professores, alunos, funcionários do palácio, aberto à comunidade
Local: Miniauditório do Palácio Antônio Lemos
Horário: 10h às 12h30
Dia 28/09- sábado
Apresentação artística “Negro Sou” dos performistas Felipe Almeida e Mara Gomes, uma interpretação cênica do “Sagrado Dissidente”.
Local: Hall de entrada do Palácio Antônio Lemos e Galeria Theodoro Braga
Horário: 10h às 12h.