11/08/2020 às 15h00min - Atualizada em 11/08/2020 às 15h00min

Rússia anuncia primeira vacina contra a covid-19

OMS pede cumprimento de protocolos

Agência Brasil
Com edição do Belem.com.br
A Rússia espera agora poder iniciar a aplicação em massa. (Foto: Valter Campanato)
   
O presidente Vladimir Putin anunciou nesta terça-feira (11) que a Rússia registrou a primeira vacina do mundo contra o novo coronavírus. Segundo o mandatário, o medicamente estará disponível a partir de janeiro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) questionou a decisão e pediu o cumprimento dos protocolos e dos regulamentos.

"Esta manhã foi registrada, pela primeira vez no mundo, uma vacina contra o novo coronavírus", disse Putin durante reunião com membros do governo. O Ministério da Saúde russo deu a aprovação regulatória para o produto, desenvolvido pelo Instituto Gamaleya de Moscou, após menos de dois meses de iniciados os testes em humanos.

De acordo com o presidente, o produto é "eficaz" e superou todas as provas necessárias, além de permitir uma "imunidade estável" face à covid-19. Vladimir Putin garantiu também que uma das suas duas filhas já recebeu uma dose. "Dessa forma, ela participou da experiência. Depois da primeira vacinação, ela teve 38 graus de febre, no dia seguinte 37, e foi apenas isso", afirmou.

A Rússia espera agora poder iniciar a aplicação em massa, mesmo que estejam ocorrendo ainda testes clínicos para comprovar a segurança da vacina. As autoridades russas tinham anunciado que os profissionais de saúde, professores e outros grupos de risco serão os primeiros a serem imunizados.

A vice primeira-ministra da Rússia, Tatyana Golikova, disse que a vacina vai começar a ser administrada a profissionais de saúde a partir de setembro, ficando disponível ao público em geral somente em 1º de janeiro de 2021.

Decisão questionada

Muitos cientistas na Rússia e em outros países questionaram a decisão de registrar a vacina antes que sejam completada a chamada Fase 3 do estudo. Por norma, o experimento demora vários meses, envolvendo milhares de pessoas e é a única forma de provar que a vacina experimental é segura e funciona.

Nas últimas semanas, a comunidade científica expressou preocupação com a velocidade em que estava sendo desenvolvida a vacina. A Organização Mundial da Saúde pediu "diretrizes claras" para o tratamento e o cumprimento dos protocolos e dos regulamentos em vigor. 

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