11/09/2019 às 09h23min - Atualizada em 11/09/2019 às 10h40min

O que será dos influenciadores após o colapso das curtidas no Instagram

Empresas investiam em influencers para performar e vender muito mais, além de conseguir mais seguidores

DINO
Foto: FreeStocks.org


A Universidade de Baltimore realizou um estudo recentemente com a empresa de segurança Cheq, que revela que as marcas investirão US$ 8,5 bilhões com marketing de influenciadores até o final do ano. Mas o que mais alarma é que, segundo o estudo, as fraudes custarão mais de US$ 1,3 bilhão em 2019, podendo chegar a US$ 1,5 bilhão em 2020. As fraudes em automação e robotização que simulam grandes engajamentos e interações com o público não são lendas urbanas, elas existem de fato.

Porém, esse cenário já está sendo impactado de forma brusca com a mudança do algoritmo do Instagram. Quando houve a questão de remoção das curtidas, muitos blogueiros e influenciadores ficaram preocupados com o que fariam e que artimanhas criariam para mostrar a força diante das marcas, com o objetivo de confirmar o quanto estavam engajando e a relevância como influenciadores.

As empresas investiam nesses influencers, se baseando pelo número de seguidores e avaliando-os de acordo com essa métrica, tendo a certeza que ali iriam performar e vender muito mais, além de conseguir mais seguidores. O engajamento era a principal ferramenta avaliada, porque a postagem gera um número de curtidas, que gera um número de comentários. Esses dados estavam muito claros antes da mudança do algoritmo.

Com isso, muitas coisas serão diferentes, o que performava de um jeito, não está mais igual e existe toda uma teoria sobre as postagens passarem a ter mais qualidade ou os conteúdos serem mais relevantes para que as pessoas interajam com aquilo. E aqueles que usavam automação e robô para aumentar números nos perfis se prejudicaram.

Para que entender melhor o processo de entrega desses conteúdos, a explicação é feita de uma forma bem simplista: a publicação é entregue para 10% dos seguidores, se a postagem for relevante e performar próximo desses 10%, se o público interagir de alguma forma, comentando ou curtindo, por exemplo, o Instagram entende que aquilo é bastante interessante e abre para os 90% restantes gradativamente.

Tem muita postagem desinteressante por aí, que não engaja em nada e não são fortes para as empresas, então, a plataforma mudou o algoritmo para que as pessoas postem conteúdos mais relevantes, reafirmando o objetivo do Instagram que é ser uma plataforma de conteúdo bons e importantes.

Agora haverá uma separação do que realmente é válido e deve chamar a atenção das marcas, do que não é, do que muitas vezes é fraudado pela automação.

Texto de Thiago Regis

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