Em alusão ao Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez (comemorado dia 10 de novembro), um grupo de fonoaudiólogos de Belém realizará ação em praças da capital no próximo domingo, 8, com o objetivo de orientar a população sobre cuidados com a saúde auditiva, bem como sobre tratamentos para a surdez e, se for o caso, agendar avaliação gratuita do paciente.
A iniciativa, coordenada pela fonoaudióloga Izi Pardal, será realizada das 08h às 11h, período em que haverá também a distribuição gratuita de máscaras inclusivas de prevenção contra o novo coronavírus e informação sobre a importância de usar esse modelo de proteção para facilitar a comunicação com o deficiente auditivo.
"A máscara inclusiva possui transparência na parte da boca. Isso é importante porque a perda auditiva é invisível, ou seja, não sabemos quando estamos falando com alguém com esse problema. E olhar para a boca da pessoa durante a conversa é um facilitador importante para o deficiente auditivo entender o que está sendo comunicado.", alerta Izi Pardal.
Combate à surdez
Além de conscientizar a sociedade em geral sobre a importância de cuidar da saúde auditiva, o objetivo da ação é também esclarecer dúvidas sobre os casos gradativos de surdez ou de perda total da audição e informar sobre as possíveis soluções para o problema.
"Esta ação é uma forma que encontramos de conscientizar a comunidade sobre os fatores que podem levar a pessoa à surdez e como ela pode se prevenir desse problema e, se houver necessidade, buscar o tratamento adequado.", ressalta a fonoaudióloga Izi Pardal.
Surdez no mundo e no Brasil
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 400 milhões de pessoas sofram com a perda de audição nas variadas fases da vida, sendo que mais de 34 milhões são crianças. Ainda segundo a OMS, em alerta feito dia 03 de março passado, esse número total pode piorar, chegando a 900 milhões pessoas até 2050.
No Brasil, a surdez é considerada um dos problemas mais comuns e cerca de 10 milhões de pessoa apresentam a referida deficiência, de acordo com dados do IBGE de 2010 (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Causas da surdez
Fatores genéticos, ambientais ou decorrentes do envelhecimento podem desencadear problemas auditivos em um dos ouvidos ou nos dois. Vale ressaltar que as doenças infectocontagiosas, como meningite e rubéola, são também potenciais desencadeadores da perda auditiva em crianças.
Os jovens, por sua vez, estão cada vez mais apresentando problemas de surdez, segundo estudos de universidades ao redor do mundo. E o motivo é a poluição sonora a que estão expostos constantemente, seja pelo barulho da rua, no trabalho, em festas ou mesmo do alto som dos fones de ouvido conectados aos celulares. A perda auditiva gradual, que poderia começar a partir da terceira e quarta décadas da vida, passa a acontecer bem antes nesses jovens por conta do abuso de tecnologias sonoras.
Efeitos da surdez
A qualidade de vida da pessoa sofre um grande impacto com a perda auditiva. As relações interpessoais são afetadas por causa da limitação da audição. As pessoas com problemas de audição acabam por se afastar de seus grupos (família, amigos, trabalho) por vergonha ou constrangimento. E essa condição afeta diretamente seu bem-estar físico e emocional.
Tratamento para surdez
O quanto antes a pessoa buscar ajuda de um especialista, mais chances terá de obter bons resultados. O especialista em saúde auditiva, como um fonoaudiólogo, é o profissional indicado para aconselhar sobre o melhor tratamento para surdez gradual ou total.
Assim, poderá recomendar aparelhos auditivos ou uma tecnologia auditiva avançada, como implante coclear ou sistema de condução osteointegrado. Há também inúmeros dispositivos de escuta auxiliar para ajudar as pessoas com perda auditiva a ouvir melhor em situações específicas.