16/09/2019 às 14h47min - Atualizada em 16/09/2019 às 14h47min

Luiz Braga fala sobre o seu novo trabalho em Belém

Essa pesquisa marca o retorno do fotógrafo ao território onde consolidou sua obra desde os anos 1980

Portal Belém
Assessoria de Comunicação do evento
A palestra ocorre em parceria com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPA (Foto: Reprodução/Facebook)

O fotógrafo paraense Luiz Braga apresenta, nesta terça-feira (17), às 9h, uma projeção comentada de seu trabalho “Periferia Ribeirinha de Belém - Uma paisagem de resistência”, desenvolvido com o apoio do Programa Rumos Itaú Cultural. Será no auditório da Pós-graduação do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará (PGITEC/UFPA), e o objetivo é mostrar o resultado desta pesquisa ainda inédita em Belém, e que marca o retorno do fotógrafo ao território onde consolidou sua obra desde os anos 1980, quando era aluno do curso de Arquitetura.
 
Realizadas entre os anos de 2018 e 2019, as imagens celebram a caboquice como um aspecto diferencial da cultura paraense e amazônida.
 
Luiz Braga havia se distanciado desse território por conta da violência que lhe impedia de transitar com a leveza e tranquilidade de antes. “Depois de assumir atuar com dois seguranças, assistente e produtor em locais que costumava trabalhar sozinho, sem nunca ter tido um incidente, me permiti me envolver pela criatividade e alegria que ainda pulsam na periferia”, ele conta.
 
Em suas andanças Braga verifica que a sabedoria cabocla se impõe pela necessidade de driblar as carências, sobrevive espelhada nas cores, nas luzes e no trabalho duro, e que a paisagem ribeirinha resiste à gentrificação com suas palafitas engenhosas, mas ele também vê e registra a visão panorâmica a partir do rio Guamá antecipando o amontoado de prédios, com aparência de robôs, a empurrá-las rumo ao fundo do rio. Ele prevê que o prenúncio de um espelho vazio, uma cidade com cara de nada, acabará por emergir.

Luiz Braga conjectura sobre o fato deste termo (caboquice) ainda carregar um significado pejorativo, o que rejeita e considera injusto: “a pintura das casas e dos barcos com cores primárias, em combinações lindas e de geometria surpreendente é pura caboquice, está presente nos gestos, na música, no jeito de falar, vestir e dançar“, diz.

A palestra ocorre em parceria com a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPA e, segundo Braga, muito oportuna visto que aquela vizinhança está impregnada da essência do seu trabalho, assim como é importante discutir esse tema entre a comunidade acadêmica.

O auditório do PGITEC fica no Campus II da UFPA, no Guamá. A entrada é franca.
 
Serviço:
Palestra do fotógrafo Luiz Braga: Periferia Ribeirinha de Belém - Uma paisagem de resistência.
Dia 17 de setembro de 2019, às 9h.
No auditório do PGITEC da UFPA (Campus II, Guamá)
Entrada franca.
 

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