25/09/2019 às 15h30min - Atualizada em 25/09/2019 às 15h35min

Setembro amarelo: como a atividade física influencia na saúde mental

Ao sentir desmotivação, tristeza e cansaço fora do normal, é preciso procurar ajuda médica e psicológica o quanto antes

DINO
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Foto: Anupam Mahapatra


A exposição aos mais diversos momentos de estresse durante o dia a dia da vida moderna já é difícil de administrar por si só, mas uma grande parcela da população sofre com desordens mentais que vão muito além dos aborrecimentos corriqueiros. No mundo, a depressão faz mais de 322 milhões de vítimas. No Brasil, país que lidera o ranking de ansiedade feito pela OMS (Organização Mundial da Saúde), são 18 milhões de pessoas atingidas pelo transtorno.

Se existe um sentimento constante de desmotivação, tristeza, cansaço fora do normal, e até tarefas mais simples se tornam muito árduas, é preciso procurar ajuda médica e psicológica o quanto antes. Mas existe outra atitude, com comprovação científica, que é uma grande aliada para cuidar da saúde mental: atividade física.

Os exercícios físicos já exercem o papel de ajudar a descarregar as emoções, as frustrações e o estresse acumulado no cotidiano, mas diversas pesquisas apontam que uma camisa bem suada desempenha um papel muito importante também no cérebro. "Os hormônios liberados durante um treino, principalmente serotonina e endorfina, ajudam a regular a química do cérebro, trazendo sensação de prazer e bem estar. Além disso, publicações científicas já atestaram que a atividade física promove melhora no abastecimento de sangue, oxigênio e nutrientes, induz a formação de novos neurônios, e melhora a atividade do córtex pré-frontal, área do cérebro utilizada para planejamento e organização. Os benefícios são múltiplos", explica Mônica Marques, diretora técnica corporativa de uma rede de academias.

Na prática, incluir a atividade física na rotina é essencial para reduzir os sintomas de ansiedade e depressão, aumentar a capacidade de lidar com o estresse do dia a dia, melhorar a qualidade do sono, capacidade de concentração e autoestima. Mas, além de um pouco de paciência para colher os frutos, é fundamental que os treinos sejam um hábito, e não apenas presentes em dias soltos. "Cada indivíduo terá um tempo de adaptação e resultado, mas o ideal é que se consiga realizar pelo menos de 30 a 40 minutos de atividade física por dia. A partir do primeiro mês já é possível sentir uma boa melhora na qualidade de vida", recomenda Mônica Marques.

Outra dica importante é personalizar os treinos incluindo atividades prazerosas e que estimulem um ritmo possível de seguir. Exercícios aeróbicos são ótimas opções, já que elevam o batimento cardíaco e também a animação, como Spinning ou Orange Zone.

Para quem curte atividades mais tranquilas, aulas de yoga, alongamento e meditação são ideais para trabalhar corpo e mente. "Todos têm um conjunto de forças internas que são estimuladas através da meditação. Sob o ponto de vista científico, o cultivo da prática meditativa contribui para um maior equilíbrio emocional porque ativa zonas especiais do cérebro que ampliam a capacidade de atenção, melhoram o padrão reativo - que é a forma de lidar com os estímulos externos - e favorece o autoconhecimento, podendo aumentar a resiliência e tolerância a eventos difíceis na vida", ressalta Cinthia Guimarães, Gerente Corporativa de Recursos Humanos da mesma rede de academias.

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