03/09/2021 às 09h00min - Atualizada em 03/09/2021 às 09h00min

Setembro Amarelo: como identificar e ajudar a prevenir o suicídio

"Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha"

Suellen Nunes/Equipe Belem.com.br
Em Belém, unidades de atenção oferecem serviço gratuito ou a baixo custo. (Foto: Divulgação/Fotos Públicas)
                                                            
Setembro é conhecido mundialmente como o mês de prevenção ao suicídio, em razão da campanha Setembro Amarelo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil
é o 8º país no mundo em números absolutos de suicídios consumados, registrando mais de 13 mil casos por ano. No mundo, o número chega a mais de 1 milhão. Cerca de 96,8% dos casos estão relacionados a transtornos mentais, a maioria por depressão, seguida de transtorno bipolar e de abuso de substâncias. 

No Pará, s
egundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, a cada 32 horas um suicídio é cometido. Pandemia, desemprego, perdas, insegurança, medos estão entre os fatores de risco para o abalo da saúde mental, fazendo com que a necessidade de debater, informar e conscientizar sobre as questões em torno do suicídio seja ainda maior.

Sinais

Um dos falsos mitos sociais em torno do suicídio é que a pessoa que tem a intenção de tirar a própria vida não avisa, não dá simais, mas isso não é verdade. Todos sinais de alerta que podem indicar que a pessoa está pensando em se suicidar precisam ser percebidos e considerados seriamente. Saber reconhecê-los é o primeiro e o mais importante passo.

De acordo com a psicóloga Geovanna Fernandes, alguns dos principais sintomas de alguém que está pensando em suicídio são: problemas de conduta ou manifestações verbais, preocupação com sua própria morte ou falta de esperança, expressão de ideias ou de intenções suicidas, isolamento, constante tristeza, falta de apetite, perda de peso, confusão. “Esses são apenas alguns sinais de que uma pessoa pode estar sofrendo e pensando em tirar a própria vida. É importante saber que não existe uma receita perfeita, são diversos fatores que precisam estar sempre sobre vigilância”, explicou.

Como proceder?

Ao identificar em alguém próximo sinais de comportamento suicida, a especialista explica que é importante, no momento apropriado e um lugar calmo, conversar com essa pessoa, fazendo-a perceber que você está ali para ouvir e oferecer apoio.

“É importante também que você a incentive a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de saúde mental, de emergência ou apoio em algum serviço público. É legal você se oferecer para acompanhá-la a um atendimento. Assim ela ficará mais confortável e terá menos receio”, explica Geovanna. “Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha”, alerta.

Onde buscar ajuda?

O Centro de Valorização da Vida (CVV), é um centro de apoio emocional de prevenção do suicídio, que atente todo o País de forma voluntária e gratuita. Os atendimentos podem ser realizados por ligações, chats de conversas ou e-mails, 24 horas por dia.
Basta acessar o site ou ligar no número 188.

Centros no Pará

Em Belém, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) realizam atendimentos gratuitos em situação de sofrimento mental. Além deles, a Fundação Hospital das Clínicas do Pará (FHDC) é referência no Estado em tratamento de doenças psiquiátricas e realiza atendimentos de urgência e emergência em casos de surtos psicóticos graves.

Para ter acesso à lista de outras instituições que oferecem serviço de apoio à saúde mental gratuitamente ou a baixo custo, confira a matéria especial 
aqui.

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