09/10/2019 às 17h44min - Atualizada em 09/10/2019 às 17h44min

Devotos de Nossa Senhora de Nazaré contam sobre sua fé

Portal Belém mostra histórias de devoção à padroeira dos paraenses

Rosiane Rodrigues (Estagiária do Portal Belém, com revisão da jornalista Elck Oliveira - DRT 1847)
Rosiane Rodrigues
Zuleide Ferreira sempre fica emocionada durante a quadra nazarena (Foto: Ramon Almeida)
O mês de outubro é, certamente, o mês mais amado pelos paraenses. É nele que se celebra o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, uma festa católica que, ao longo dos anos ganhou outras dimensões além da religiosidade, e, hoje, configura-se como uma das manifestações de fé e cultura mais importantes do mundo. Para se ter ideia, a grande procissão do segundo domingo de outubro mobiliza, pelas ruas da capital paraense, mais de dois milhões de pessoas que seguem atrás de uma pequena berlinda onde fica a imagem peregrina da Santa. Um verdadeiro espetáculo de devoção e amor, que emociona até mesmo quem não é católica.   
 
Ao longo de toda a quadra nazarena – período em que acontece a festividade em Belém – são muitas as formas que os fieis encontram para cumprir promessas feitas à Nossa Senhora de Nazaré, que é considerada a padroeira dos paraenses. Uma delas são as caminhadas feitas de outros municípios até a Basílica de Nazaré, em Belém, ou mesmo dos vários bairros até a igreja, que fica na região central da cidade.
 
A dona de casa Márcia Torres é uma dessas devotas da Santa. Em 2012, ela criou o grupo Caminhada com Maria, que, todos os anos, realiza uma caminhada de Ananindeua a Belém durante o período do Círio. A primeira caminhada começou com cinco pessoas. Hoje, são 29 integrantes, entre familiares, vizinhos e amigos.
 
“A maioria das pessoas faz a caminhada agradecendo alguma coisa que foi alcançada com a fé. São coisas diferentes. Cada um tem o seu motivo para sair daqui à Basílica”, conta Márcia.
 
A dona de casa Tereza Coelho, moradora de Belém, é outra devota fervorosa de Nossa Senhora de Nazaré. Ela lembra que o neto, Pedro Henrique, hoje com 20 anos de idade, quando ainda era um bebê, teve uma deficiência rara na pele. Segundo ela, depois que a criança nasceu, o médico disse que o máximo de tempo de vida da criança seria de dois dias.
 
“Eu pedi à Nossa Senhora que curasse as enfermidades do meu neto, prometendo que iria todos os anos na corda”, explica a dona de casa, que hoje já não consegue mais ir na corda por conta da idade. Ela continua acompanhando a procissão do Círio, só que caminhando. E o neto é um rapaz saudável e estudante de Direito.
 
Já a dona de casa Zuleide Ferreira, também devota de Nossa Senhora de Nazaré, conta como a sua fé na Santa se consolidou. Ela relata que uma de suas amigas mais próximas estava com problemas no casamento. O marido a havia abandonado com os dois filhos. As duas oraram à Virgem e, no mesmo dia, poucas horas depois da oração, a amiga dela ouviu alguém bater na porta e, quando abriu, era o marido, pedindo para dormir lá.
 
“Ela acordou os filhos e foi aquela alegria, aquele abraço, aquele choro, aquela reconciliação do laço de amor que estava quebrado. Se fortificou. Se incendiou com a chama do amor”, diz Zuleide, que fica bastante emocionada com a festa dedicada à Nossa Senhora de Nazaré.

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