17/11/2021 às 11h30min - Atualizada em 17/11/2021 às 11h30min

Pará inicia capacitação de profissionais para tratamento da tuberculose

Estado teve mais de 4.200 casos em 2020

Agência Pará
Com edição do Belem.com.br
A capacitação vai durar três dias. (Foto: Divulgação/Ascom HJB)
                                                                                                                  
Começou nesta terça-feira (16) o Encontro Estadual de Programação e Avaliação das Ações de Controle da Tuberculose, realizado pela Secretaria de Saúde do Parrá (Sespa). Com três dias de duração, a atividade tem o objetivo capacitar os coordenadores regionais dos programas de controle da doença e representantes de instituições parceiras para a elaboração do Plano Estadual para Eliminação da Tuberculose no Pará até 2035. 

O Programa de Controle da doença está implantado nos 144 municípios do Estado, com ações voltadas para o diagnóstico, acompanhamento e tratamento dos casos. Segundo dados apresentados pela Secretaria, foram 4.822 casos registrados em 2019, seguido de outros 4.292 novos casos de tuberculose no ano passado, perfazendo uma média de 49,3 casos novos para cada 100 mil habitantes. Atualmente, 60% dos registros notificados estão concentrados nas regiões Metropolitana I, II e III. 

Em 2019, o Pará apresentou um percentual de cura de casos novos na ordem de 70,2% e 9,4% de abandono do tratamento. Quanto aos óbitos, de 2015 a 2020 foram registradas 1.138 perdas para a doença, com uma média de 230 mortes por ano. Em 2019, foram 255 óbitos pela doença, seguidos de mais 246 no ano passado.  

Sintomas

O principal sintoma da tuberculose é a tosse insistente por mais de três semanas, com ou sem catarro. Qualquer pessoa com esse sintoma deve procurar uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico. A doença tem cura e o tratamento é disponibilizado integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas Unidades Básicas de Saúde, geridas pelas prefeituras.

No que se refere ao combate da doença no Pará, a Sespa capacita profissionais, a exemplo da atividade iniciada hoje, 16, e presta assessoria técnica aos municípios, que por sua vez são responsáveis pela execução das ações no corpo a corpo com a população. Já a Atenção Básica tem objetivo de consolidar as ações do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, oferecendo o tratamento nas unidades de saúde, incluindo a estratégia do Programa Saúde da Família (PSF) e Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).

Entre as medidas de prevenção da tuberculose é importante a vacinação de todas as crianças de 0 a 4 anos com a BCG, pois essa estratégia evita as formas graves da doença. “Orientar que todas as pessoas ao tossir ou espirrar protejam a boca com um lenço, que evitem lugares fechados e aglomerados e que mantenham os ambientes bem ventilados e iluminados, além do uso de máscaras N95/PFF2, estão entre as boas práticas da prevenção”, alerta Cleison. 

O Estado, por meio do Programa para Controle da Tuberculose juntamente com o Ministério da Saúde, trabalha constantemente através de monitoramento dos programas municipais, disponibilizando medicamentos para o tratamento da doença, incentivando a busca ativa de novos casos, a investigação dos contatos dos portadores da tuberculose, o diagnóstico e tratamento da doença tempo oportuno, ofertando oficinas voltadas para manejo e controle da doença, visando assim quebrar a cadeia de transmissão da doença, reduzir o número de adoecimento e óbitos por uma doença que é prevenível e curável.

Com a atividade realizada na Sespa, os profissionais participantes ainda terão acesso aos conteúdos técnicos de relevância ao controle da doença e estratégias para fortalecimento do diagnóstico laboratorial, com o objetivo de qualificar as informações sobre o agente causador da doença, monitorar a evolução do tratamento e documentar a cura. Também participam da atividade as referências de tuberculose (Hospital Universitário João de Barros Barreto - HUJBB e URE Ismael Araújo), Laboratório Central do Estado (Lacen), Secretaria de Estado de Assistência Penitenciária (Seap), Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) e Comitê Estadual de Tuberculose. 

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