18/12/2021 às 09h00min - Atualizada em 18/12/2021 às 09h00min

Estudo analisa eficácia de doses de reforço para quem tomou CoronaVac

Pesquisa foi conduzida pela Universidade de Oxford

Agência Brasil
Com edição do Belem.com.br
Estudo contou com a participação de 1.205 voluntários em São Paulo e em Salvador. (Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF)
                  
Um estudo conduzido pela Universidade de Oxford encomendado pelo Ministério da Saúde analisou as taxas de imunização das doses de reforço de diferentes vacinas contra a covid-19 utilizadas no Brasil em quem concluiu o ciclo vacinal com a CoronaVac. O imunizante é produzido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, vinculado ao governo de São Paulo.

Segundo a pesquisa, quem recebeu a dose de reforço da própria CoronaVac teve um aumento de sete vezes dos anticorpos em geral contra o coronavírus. Nas demais marcas, a ampliação da quantidade de anticorpos é maior.

Quem recebeu a dose de reforço da Janssen teve elevação do nível de anticorpos em 61 vezes. Na vacina da Oxford-AstraZeneca, o aumento foi de 85 vezes. O imunizante da Pfizer-BioNTech obteve o melhor desempenho, com crescimento de 175 vezes no número de anticorpos.

O estudo conduzido pela Universidade de Oxford apontou uma queda do nível de anticorpos após seis meses em quem recebeu as primeira e segunda doses da CoronaVac, confirmando a importância da dose de reforço.

Voluntários

O estudo contou com a participação de 1.205 voluntários em São Paulo e em Salvador. As pessoas tiveram as doses de reforço dos diferentes tipos de imunizantes aplicadas 28 dias após a conclusão do ciclo vacinal. Em seguida os participantes tiveram amostras de sangue retiradas para avaliar o nível de anticorpos produzidos.

Segundo a responsável pela pesquisa, Sue Ann Costa Clemens, o estudo confirmou o que já vem sendo verificado em outras pesquisas em diferentes países. “O resultado reitera a literatura internacional de que o reforço com plataforma heteróloga [com diferentes tipos de vacinas suscita uma maior resposta imune”, declarou.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, avaliou que a CoronaVac foi importante no período inicial de vacinação, mas lembrou que orientação da pasta foi a aplicação de outras marcas para a dose de reforço para pessoas acima de 18 anos.

Em relação às pessoas que já tomaram a dose de reforço da CoronaVac, Queiroga respondeu que a vacina eleva anticorpos. “Sendo assim eles têm proteção, menor do que da Pfizer-BioNTech, mas estamos trabalhando com secretarias do estado de são Paulo e vamos tomar a melhor conduta”, disse. Ele não adiantou que medidas serão tomadas.

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