A Prefeitura de Belém anunciou, nessa terça-feira (15), a crianção da Casa de Cultura do Modernismo Brasileiro Bruno de Menezes. O local onde será a Casa de Cultura será na rua João Diogo, nº 26, no bairro da Campina. O imóvel já foi moradia do escritor paraense e ainda pertence à sua família.
O anúncio da criação da Casa de Cultura foi acompanhado pelo escritor e pesquisador Paulo Nunes, que tem um trabalho bastante significativo na pesquisa das obras de poetas e escritores paraenses, como é o caso de Bruno de Menezes.
A Casa de Cultura do Modernismo Brasileiro Bruno de Menezes, que homenageia o escritor e folclorista paraense, será administrada pela Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel) e deve acolher o acervo da vida do escritor e de outros artistas modernistas paraenses.
“Assim como já ocorre em outras capitais brasileiras, estamos homenageando um fazedor de cultura da nossa terra, dando a ele um espaço que reúne suas obras”, pontuou o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.
História
Considerado o precursor do Modernismo em Belém, Bruno de Menezes criou a revista Belém Nova, em 1923, reunindo trabalhos, tanto dos modernistas como de artistas anteriores. Bruno também integrou a Academia Paraense de Letras, onde chegou à presidência. Sua poesia se caracteriza pelo canto à raça negra, pela cidade de Belém, as tradições e o amor.
Sua obra mais conhecida, o livro Batuque, escrito em 1939, que é considerada a primeira obra poética modernista afrodescendente no Brasil, antecipando a negritude, criada em Paris por um grupo de autores negros. Em Batuque, o poeta expõe os hábitos e costumes do negro brasileiro.
Bento Bruno de Menezes Costa morreu em 1963, aos 70 anos, deixando um legado literário de Belém para toda a Amazônia e ao país.
Data
Prestes a completar cem anos da Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo em 1922, que marcou o movimento artístico modernista no Brasil, a Prefeitura de Belém anuncia a criação de uma Casa de Cultura, para reunir as obras de artistas paraenses, inclusive dos modernistas, como é o caso do poeta e folclorista Bruno de Menezes, que dará nome ao espaço.