Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (SINTEPP) realizou nessa terça-feira(31), no Hotel Ipê, localizado no bairro de São Brás, em Belém, coletiva de imprensa com o objetivo de informar à comunidade escolar e a sociedade em geral medidas jurídicas que a instituição encaminhará.
Após a coletiva, o Sintepp promoveu reunião de comando da categoria em greve, motivada pelo corte de salário dos trabalhadores da educação.
Segundo comunicado da Direção do Sindicato, “os trabalhadores em educação foram surpreendidos pelo corte de ponto e descontos dos dias parados de uma greve que já tem duração de quase dois meses”. O comunicado do Sintepp acusa o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol) de promover o desconto nos salários “de forma intransigente e em meio a negociação da data base da categoria”, reforçou.
O desconto gerou grande indignação nos trabalhadores da Educação e no meio do movimento sindical, que definem que o prefeito Edmilson Rodrigues com seu ato “rasga toda sua história construída como presidente do Sintepp do qual foi membro fundador”.
“Com o desconto dos dias parados teremos servidores que vão receber menos de 200 reais de salário. É um atentado político contra o servidor municipal. Se estava difícil manter a família ganhando menos do que um salário mínimo, imagina agora. É uma crueldade que o Edmilson faz contra os trabalhadores em educação não docentes que o ajudaram a eleger prefeito de Belém”, disse Silvia Leticia, coordenadora geral do Sintepp Belém.
Os trabalhadores em educação não docentes (merendeiras, porteiros, auxiliares de serviços gerais, secretários de escola, técnicos de nível superior) estão em greve, em Belém, há mais de 50 dias, e a principal reivindicação da categoria é a exigência para que o prefeito da capital, Edmilson Rodrigues, autorize o pagamento de um salário mínimo nacional, no valor de R$ 1.212,00, no vencimento base desses servidores. Atualmente, eles recebem R$ 869,26.
Os servidores também pedem o reajuste do vale alimentação de R$ 370 para o valor de uma cesta básica de R$ 600 , plano de carreira da educação, melhorias nas condições de trabalho, fim das terceirizações e concurso público.