O Condomínio Algodoal onde ocorreu o caso de injúria racial fica em Marituba. (Foto: Márcio Flexa)Um boletim de ocorrência foi registrado na noite desta quinta-feira (5) na Seccional de Marituba, Região Metropolitana de Belém, pelo jornalista paraense Márcio Flexa, acusando o condomínio onde mora de injúria racial.
O caso ocorreu durante um banho na piscina do condomínio, onde Márcio estava com seu amigo africano Gildas Marius Dassigli que também mora lá e que vestia uma camisa de algodão na cor preta assim como outras pessoas que estavam na piscina. O jornalista relatou na ocorrência que o senhor Germano Washington, vigilante e rondante do condomínio Algodoal foi até a piscina e de forma constrangedora e discriminatória repreendeu Gildas e o convidou a se retirar da piscina, alegando que o mesmo usava uma camisa de algodão inadequada para o banho. Márcio ressalta na denúncia que outras pessoas estavam na piscina e usavam camisa de algodão assim como Gildas mas não foram constrangidas, discriminadas e tão pouco convidadas a se retirar do local. Imediatamente, o jornalista e seu amigo concluíram que o servidor do condomínio agiu de forma discriminatória, praticando desta forma, injúria racial.
Gildas é natural de Benin e faz parte de um projeto de cooperação internacional. Ele vive em Belém, onde cursa Engenharia Mecânica na Universidade Federal do Pará.
Márcio que prestou a ocorrência diz que vai levar o caso adiante. "Foi claramente uma situação de discriminação pela cor e pela raça do rapaz que estava na piscina, que estava tomando banho por isso nós fomos até a delegacia e registramos um B.O sobre o caso, denunciando o condomínio Algodoal". Disse Márcio Flexa.
Um inquérito policial foi aberto para investigar o caso. "Eu acho inconcebível em 2023 esse tipo de crime de injúria racial ainda tá sendo cometido numa sociedade onde se discute a questão da igualdade, acontecer essa situação de racismo estrutural". Completou o jornalista.
O Portal Belém não conseguiu contato com o condomínio Algodoal.
