Criada em maio de 2022, a Super Liga Universitária (@superliga_2022 no Instagram) terá as suas etapas finais do campeonato em Belém, realizadas no período de 26 a 29 de janeiro. As disputas ocorrerão no Campus III (Educação Física) e II (CCBS) da Universidade do Estado do Pará (Uepa) e no Instituto Federal do Pará (IFPA).
Estão classificados os times das oito regionais da Superliga: Belém, Tucuruí, Santarém, Paragominas, Marabá, Bragança, Abaetetuba, Castanhal, que vêm de vários campi de universidades públicas - além de Uepa, IFPA, Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). Os competidores são atletas das modalidades coletivas voleibol, basquetebol, handebol e futsal, e das atividades individuais, como atletismo, natação, badminton, tênis de mesa, karatê, judô e jiu-jitsu. Também haverá, pela primeira vez, disputa no Desporto Universitário Paralímpico em atletismo, natação e parabadminton.
De acordo com Higson Coelho, que conduz o projeto Gestão do Esporte Universitário no Pará, a iniciativa da Superliga Universitária está dentro dessa visão macro, e envolve a pesquisa no âmbito funcional, psicológico e pedagógico.
"Nossa expectativa é termos cerca de mil atletas de todo o Estado competindo. Nosso legado, para além de promover a cultura esportiva, é fazer com que as pessoas busquem melhorar a sua saúde física, mental, alimentar, e mesmo o próprio desempenho pedagógico. Estamos encerrando um ciclo e esperamos fortalecer os esportes universitários. Chegamos a todas as regiões do Estado e esperamos renovar a Superliga por mais dois anos", declara o gestor público.
Celso Silva é quem coordena a Superliga, e afirma que o foco do projeto é democratizar e integrar o esporte universitário, uma meta alcançada após oito regionais, segundo ele. "Temos atletas marajoaras participando pela primeira vez, e também quilombolas, indígenas, e nesta fase final nós vamos conseguir reunir todos esses atletas desses oito lugares do Pará. E além das modalidades coletivas e individuais, teremos pela primeira vez o Paradesporto Universitário no Pará, com paraatletas da Ufopa, Unifesspa, IFPA, UFPA", detalha.
Quase quatro mil competidores participam ou participaram de alguma fase do campeonato, o que torna a Superliga o maior evento paraense de todos os tempos do esporte universitário. "Em números, nosso crescimento é gigantesco, e a intenção é aumentar essa participação e oferecer democracia aos nossos atletas, nossos universitários. Podemos ter, por exemplo, um indígena que estuda em Marabá representando a sua instituição em uma disputa aqui em Belém", justifica Celso.
Vanessa Peniche, de 20 anos, é aluna do oitavo semestre do curso de Educação Física da Uepa. Ela conta que as partidas da primeira rodada do time de vôlei feminino do qual ela faz parte foram difíceis, exigiu um tempo para acostumar, mas que a vontade de ganhar era maior.
"Foi um misto de emoções, muitas reviravoltas, estamos treinando em 5x1, dois treinos por semana, duas horas cada um, queremos demais esse título. Ganhamos a final regional e agora vamos para as classificatórias da segunda fase. Vôlei é um dos melhores esportes, e para mim a Superliga veio como fomento para que as pessoas se envolvam com esportes. Embora esse seja um campus de Educação Física poucos entram nas atléticas. O nosso time nem existia, mas montamos e de cara já entramos para competir. Isso vai estimular outros atletas a fazerem o mesmo", avalia a universitária.
Estudante do mesmo curso e também prestes a se formar, Clayto Henzo, de 26 anos, faz parte do time de futsal masculino da Uepa. Ele celebra o intercâmbio com atletas de fora e de outras universidades públicas. "Em qualquer aspecto é muito válido, como elemento de inclusão, de educação, de qualidade de vida. Que seja a primeira Superliga de muitas", conta ele, que faz parte de um dos primeiros times a se classificar.