O Dia Nacional da Visibilidade Trans é celebrado no Brasil neste domingo (29). Em alusão à data, a Prefeitura de Belém por meio da Coordenadoria de Diversidade Sexual (CDS), realiza nesta sexta-feira, 27, uma programação com serviços de saúde, cidadania e instalação artística para a população transgênera e travesti da cidade.
As atividades vão ocorrer das 9h às 17h no Solar da Beira (Ver-o-Peso) e incluem serviços como emissão de RG, CPF, Certidão de Nascimento, orientações jurídicas, vacinas, testes rápidos para Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e apresentações artísticas e culturais.
GT de Saúde Integral LGBTI+ - Durante a programação pelo Dia da Visibilidade Trans, no Solar da Beira, será formalizada a criação a do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde Integral LGBTI+. O documento será assinado às 12h, pelo vice-prefeito de Belém, Edilson Moura, e representante da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).
O GT vai reunir diversos órgãos da Prefeitura de Belém, sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) e organizações da sociedade civil organizada que atuam na defesa da pulação LGBTI+.
História
O Dia Nacional da Visibilidade Trans foi instituído no Brasil no ano de 2004, após a realização de um ato no Congresso Nacional, em Brasília, promovido pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde juntamente com mulheres e homens trans e travestis. Esse momento marcou o lançamento da campanha “Travesti e Respeito”. A data do ato se tornou um marco contra a transfobia e foi escolhida como o Dia da Visibilidade Trans.
Chamar atenção para os debates acerca da garantia de direitos da população transgênera no país, principalmente nos campos da cidadania, saúde e educação, está entre um dos principais objetivos da data.
Dados sobre transfobia
A transfobia é o crime de ódio praticado contras as pessoas transgênero e travestis que pode resultar em violência psicológica, física chegando até ao assassinato dessas pessoas devido a identidade de gênero com a qual elas se reconhecem. Há 14 anos o Brasil ocupa o título do país que mais mata pessoas transgêneras no mundo.
De acordo com a Transgender Europe (TGEU), que monitora dados a respeito de pessoas trans e LGBTQIA+ no mundo, cerca de 70% de todos os assassinatos registrados aconteceram nas Américas do Sul e Central, sendo 33% no Brasil, com 125 mortes; seguido pelo México, com 65 mortes, e pelos Estados Unidos com 53. Os dados são de um relatório feito pela TGEU em 2021.
Por outro lado, só no ano de 2020 a Associação Nacional de Travestis e Transexuais registrou 175 transfeminicídios (assassinatos de mulheres transgênero) e mapeou 80 mortes no primeiro semestre de 2021.
Programação
9h30 - Abertura do Evento
9h às 13h - Serviços de saúde
9h às 13h - Emissão de Passe Fácil
9h às 13h - Orientação jurídica
9h às 13h - Emissão de CPF, RG e Certidão de Nascimento
9h às 13h - Cadastramento no CadÚnico
09h45 às 10h20 - Diálogos sobre cuidados, prevenção e combate à discriminação.
10h30 às 12h - Diálogos sobre o Projeto Casulo
12h às 13h - Assinatura da criação do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde Integral LGBTI+
13h às 14h - Apresentação DJ Ju Bentes
14h30 - Roda T- Movimento, história e vivências Trans, travestis e não bináries- Traviarcado
16h - Apresentação DJ Ju Bentes
16h30 - Apresentação Drags (Coytada e Max Chibé)
16h45h - Show Brenda Believe
17h - Encerramento