14/01/2020 às 11h43min - Atualizada em 14/01/2020 às 11h43min

Santarém de Alter do Chão e de muitas maravilhas

Elck Oliveira

Elck Oliveira

Elck Oliveira é jornalista, professora de História e pós-graduanda no campo da História da África. Adora viajar, fotografia e internet.

Texto de Elck Oliveira
  
Já tinha estado em Santarém, no Oeste do Pará, algumas vezes, a trabalho. Mas, a lazer, esta foi a primeira vez. Decidimos passar o Réveillon de 2020 na vila de Alter do Chão, que fica a 28 quilômetros de Santarém. A estrada que dá acesso ao lugarejo está toda asfaltada, então, o acesso é muito tranquilo. Há transporte público também, com passagem a R$ 3, no ônibus convencional.
 
Alter do Chão é, sem dúvida, um desses lugares esculpidos por Deus. Natureza fantástica e exuberante, mesmo não sendo esta a melhor época para se estar no local, pois vivemos o inverno amazônico e a faixa de areia que forma a praia está em boa parte submersa. A beleza do lugar, no entanto, não se perde em nada. Só o que fica prejudicado, em parte, é o bronze, pois o sol não sai tanto nessa época.
 
A festa de Réveillon, que foi o nosso objetivo, é bastante democrática. A prefeitura de Santarém realiza uma comemoração na orla de Alter, com palco montado e várias atrações musicais desde o início da noite do dia 31. Há uma pequena pausa para a missa na igreja matriz do vilarejo e a programação segue, a todo vapor. As pessoas levam cadeiras e sentam na pequena praça que fica em frente à orla para curtir os shows. Muitas também têm, ao lado, seus isopores e coolers com as bebidas que serão consumidas durante a noite.
 
É claro que alguns bares e restaurantes também oferecem venda de mesas para quem deseja passar a virada nas suas dependências. Outros fecham as portas às 22 horas. Além disso, também há festas fechadas, com venda de ingressos para os que desejam um pouco mais de privacidade. Não consideramos os preços, em geral, altos, em Alter do Chão. Nem de comidas e nem de bebidas. As hospedagens, sim, um pouco mais salgadas, por isso, optamos por nos hospedar em Santarém mesmo, onde passamos sete dias (vale lembrar que também pesquisamos os hotéis um pouco já em cima do final do ano, o que pode explicar esses preços mais altos).
 
Em Santarém, onde chegamos por meio de voo, alugamos um carro, o que, para nós, também facilitou o acesso a Alter, para onde fomos e voltamos várias vezes durante o período de estadia. Afinal, super vale a pena. Mas se engana quem pensa que esse é o único destino exuberante da região. Estivemos em outros lugares igualmente lindos e pouco frequentados, infelizmente. A praia do Pindobal, no vizinho município de Belterra, é um belo exemplo. O acesso é por uma estrada que vai de Alter do Chão até lá. Estrada de terra, mas que não apresenta tantas dificuldades assim.
 
Ainda em Santarém, fizemos passeios de lancha – oferecidos por várias empresas na região – que nos levaram a outros destinos maravilhosos. Praia de Maria José, Praia de Caranapari, Praia de Ponta de Pedras e Ponta do Cururu foram alguns dos locais que visitamos. Sem falar no maravilhoso encontro das águas dos rios Tapajós e Amazonas, onde também é possível visualizar, às vezes, alguns botos saltitantes atrás de comida.
 
E por falar em comida, a gastronomia de Santarém é maravilhosa, sobretudo para quem gosta de peixe. Tucunaré, Surubim e Tambaqui são algumas das jóias servidas nos restaurantes da cidade. Na manteiga, assado de brasa ou frito, o peixe de Santarém merece ser degustado – e lembrado – como uma experiência gastronômica única e incomparável.
 
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