12/04/2023 às 07h30min - Atualizada em 12/04/2023 às 07h30min

Brasileiras presas na Alemanha por engano são liberadas e inocentadas

As duas haviam sido presas após terem suas malas trocadas por bagagens com drogas

Com edição da Redação Belem.com.br
O Liberal
Reprodução

Jeanne Paollini e Kátyna Baía, duas brasileiras que foram presas na Alemanha em março deste ano, foram liberadas da prisão nesta terça-feira (11), segundo informou Lorena Baía, irmã de Kátyna. As duas foram presas após terem suas malas trocadas por bagagens com drogas, mas foram inocentadas e não precisaram esperar nenhum trâmite processual.

 

De acordo com Chayane Kuss de Souza, advogada de defesa das brasileiras, na Alemanha, quando o Ministério Público arquiva o processo, não é necessário aguardar a chancela do juiz para liberar os acusados. O consulado do Brasil em Frankfurt informou que um representante do governo brasileiro foi enviado ao centro de detenção provisória e a advogada da família estava a caminho.

 

Sonho acaba com prisão injusta

 

O sonho de Jeanne e Kátyna de viajar pela Europa acabou em prisão por tráfico internacional de drogas em 5 de março, horas antes do desembarque em Berlim, na capital da Alemanha, o primeiro país que as goianas queriam conhecer. Elas também planejavam visitar a Bélgica e a República Tcheca.

 

A prisão do casal em Frankfurt, a última conexão antes de Berlim, motivou uma operação da Polícia Federal para descobrir o que aconteceu com as malas que foram despachadas em Goiânia e nunca chegaram ao país europeu. Em Frankfurt, a polícia apreendeu no bagageiro do avião duas malas com 20 kg de cocaína cada, etiquetadas com os nomes de Jeanne e Kátyna. A prisão aconteceu na fila de embarque da escala, sem que elas pudessem ter visto as malas.

 

Brasileira foi algemada sem entender o que acontecia

 

Jeanne conta que, na hora da prisão, não entendeu o que estava acontecendo. “Eu caminhei algemada pelo aeroporto de Frankfurt, escoltada por vários policiais, sem saber o que estava acontecendo. Só depois de muito tempo que chegou uma intérprete que informou que nós estávamos sendo presas por tráfico de drogas. E assim que o policial apresentou as supostas malas, nós falamos de imediato que aquelas malas não eram nossas”, disse Jeanne.

 

A Polícia Federal em Goiás começou a investigar o caso após a prisão das goianas. As imagens das câmeras de segurança do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, mostram o desembarque de duas malas, uma branca e uma preta. Essas malas foram despachadas no aeroporto goiano, mas no meio do caminho, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, as etiquetas foram trocadas por funcionários terceirizados que cuidavam das bagagens.

 

Segundo a Polícia Federal, nas escalas internacionais, o passageiro despacha a mala no aeroporto de origem e só pega de volta no destino final, ou seja, Jeanne e Kátyna nem viram a troca das bagagens e das etiquetas.

 

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou uma nota nesta terça-feira (11).

 

Leia íntegra da nota do Itamaraty

 

"O Ministério das Relações Exteriores recebeu com satisfação a informação de que as cidadãs brasileiras Jeanne Cristina Paolini Pinho e Katyna Baía de Oliveira, que estavam presas desde 6/3/23 em Frankfurt, na Alemanha, foram liberadas hoje.

 

Ao longo do último mês, o Consulado-Geral do Brasil em Frankfurt realizou visitas consulares, em diferentes ocasiões, às nacionais no presídio, além de ter conduzido gestões junto às autoridades carcerárias e judiciárias locais para acompanhar o trâmite legal. Intermediou, ainda, contatos com familiares e advogados das brasileiras. Representante daquela repartição consular recebeu hoje, no aeroporto de Frankfurt, familiares das brasileiras e os acompanhou ao presídio para o momento da soltura.

 

Ao longo do processo, o Itamaraty manteve coordenação estreita com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, que conduziu o envio dos elementos de prova solicitados pela Justiça alemã por meio dos instrumentos de cooperação jurídica internacional."


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